Contando para os meus pais

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Luiza pov:

Hoje fiquei com a missão de contar aos meus pais que estava em um relacionamento sério, a semana passou de pressa e dos cinco dias eu fui pra casa apenas na sexta e minha mãe já estava desconfiada já que ela tinha ido a noite na minha casa e eu não estava, certo que já era maior de idade e já estava me bancando sozinha, mas eu tinha respeito por eles, só não sei como eles vão reagir ao saber que estou me relacionando com uma mulher e minha chefe. Expliquei para Fernanda que hoje iria na casa dos meus pais e contaria tudo e ela já queria ir junto pra conhecê-los, ela quer algo sério. Estou nervosa, aqui parada na frente da casa deles e não sinto minhas pernas, minha boca tá seca e minhas mãos estão suadas ao extremo, vamos enfrentar logo isso.
- Mãe, pai? - Chamo e escuto passos da cozinha. - Cheguei. - Minha mãe é a primeira que aparece.
- Minha filha você sumiu. - Ela me abraça forte e beija minhas bochechas.
- Há mãe para eu não sumi não, e eu te ligava tá. - Falo sorrindo.
- Não dormiu em casa três noites minha filha, porque a gente foi la e você não estava. - Meu pai aparece com o semblante fechado.
- Pai eu... Eu preciso falar com vocês dois. - Estava tão nervosa.
- Certo, mas antes de um abraço no seu pai neh. - Ele já estava sorrindo e isso me aliviou.
- O que tem minha filha parece nervosa? Aconteceu alguma coisa? - Minha mãe me conhecia bem.
- É que eu não sei por onde começar, eu tenho medo de vocês não gostarem mas de mim. - Nesse momento eu já não consegui controlar as lágrimas, e se eles não aceitasse como iria fazer.
- Ei filha. - Meu pai se aproximou de mim e me abraçou. - Diga o que aconteceu, está me deixando preocupado.
- Filha não fique assim. - Minha mãe estava sentada no meu lado.
- Mãe, pai eu... Eu realmente estou me relacionando com alguém.
- E o que isso tem de tão preocupante pra te deixar assim? Seu pai quer conhecer esse rapaz, mas não entendi seu choro.
- Pai... Não é.... Não é um garoto. - Meu pai me olha e eu não sei se ele está surpreso ou preocupado.
- Espera minha filha, você quer dizer o que? - Minha mãe estava surpresa.
- Eu estou namorando uma mulher.
Meu pai automaticamente se levanta do sofá e passa aos mãos na cabeça e isso me deixa preocupada. Ele anda pra um lado e pro outro, minha mãe me olha surpresa.
- Como assim Maria Eduarda, como você está se relacionando com uma mulher e quem é ela? - Meu pai estava irritado eu percebo pelo seu tom.
Minha mãe foi até ele e falou algo que não consegui escutar, minha cabeça estava latejando.
- Você está se enganado minha filha, você sempre se envolveu com homens desde dos quinze anos. - Meu pai tentava controlar a voz.
- Pai eu não sei o que tá acontecendo eu só estou apaixonada cada vez mas e até eu não entendi no começo.
Meu pai sai e nos deixa sozinhas em casa, ele pega a chave do carro e sai sem falar uma palavra e eu não seguro as lágrimas, choro como criança que está perdida dos pais. Minha mãe senta do meu lado e começa a alisar minhas costas e não consigo parar de chorar.
- Filha tenha calma foi muita informação para seu pai e até eu levei um choque, de um tempo pra ele.
- Mãe e se ele não aceitar, mãe eu não posso desistir da Fernanda eu a amo. - Minhas palavras sai com um certo descontrole.
- Filha a Fernanda? A Fernanda sua patroa?
- Sim mãe, a Fernanda minha patroa a gente se envolveu, e eu não sei explicar mãe eu só sei que eu amo ela.
- Oh filha fica calma, vem dorme aqui, já tá tarde e você não vai sair daqui assim.
- Mãe e se meu pai...
- Seu pai precisa de ar e pesnar, mas eu vou te apoiar, vem meu amor vamos dormi, daqui a pouco ele chega.
Já passa da meia noite quando escuto a garagem abrir, olho pela janela e vejo meu pai. Não tenho coragem de sair. Escuto meu celular tocar e são mensagens de Fernanda.

- Meu amor já está tarde e você não me disse nada de como foi a sua conversa com seus pais.
- Estou nervosa e com medo já, me diz alguma coisa.
- Você está em casa? Eu vou aí te buscar.
- Oi Fernanda. Não estou em casa, estou na casa dos meus pais.
- Amanhã de meio dia a gente conversa. Beijos, boa noite.
- Boa noite meu amor.

Eu não teria coragem de dizer a ela que meu pai meio que tá contra nosso relacionamento, ela com certeza iria querer vir falar com ele.
Amanheceu e eu perdi a hora, já passa das dez e minha mãe entra no quarto com uma bandeja de café da manhã.
- Está com os olhinhos inchados.
- Aí mãe chorei de novo depois que você foi dormi.
- Filha não faça isso, não é bom.
- Mãe eu tô desesperada. - Já sentia as lágrimas se formarem.
- Ei não chora mas, por favor.
- Cadê meu pai? - Minha mãe ficou nervosa com a pergunta e meu coração gelou. - Mãe cadê meu pai?
- Filha quando ele chegou ontem a gente conversou e ele insistiu pra saber quem era a mulher.
- Mãe a senhora não disse não neh?
- Filha uma hora ou outra ele ia saber, então ele saiu cedo e disse que queria conversar com ela e foi lá.
Dou um pulo da cama e a bandeja vai junto, minha mãe está com os olhos arregalados me olhando.
- Filha se controla.
- Me controlar mãe, imagina as coisas que ele vai dizer pra Fernanda e mas a Valentina está em casa.
- Eduarda não pensa mal do seu pai.
Me arrumo e sai em direção a casa de Fernanda, vou a pé então isso vai demorar uns vinte minutos, não sinto minhas pernas e estou com medo de cair no meio da rua. Meu pai com a Fernanda não ia dar certo, o medo toma conta de mim.

A babá da minha filha Onde histórias criam vida. Descubra agora