Capítulo 7

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Talulah

Manchete: Talulah Avery retorna para o Rio de Janeiro acompanhada: carregando o filho do atual ou do ex, Antony Hoffman? Afinal, quem é essa criança e quem era o rapaz ao seu lado?

A notícia estava em todos os veículos midiáticos. Estavam questionando a paternidade de Knight. E, apesar de Nicolas ter me feito relaxar essa noite, eu já me encontrava estressada. Então olhei para ele que estava ao meu lado na cama e subi em cima.

- Bom dia pra você também. - Ele sorriu, me puxando para perto e depositando um beijo em minha boca.

Provoquei ele enquanto o lençol fino ainda nos separava. Ele fez questão de puxar essa separação com velocidade, nos unindo. Quando senti a penetração, gemi. Rebolei rapidamente, subindo e descendo. Nicolas segurou meu corpo com força, tomando controle mesmo estando embaixo e fazendo o zigzag.

Puxou meu cabelo, inclinando meu rosto para seu pescoço. Ficamos um tempo assim, alterando a intensidade e velocidade para durar. Até que gozei, gemendo de leve.

- Eu vou.. - Nicolas arfou e entendi o que era pra fazer.

Subi e desci em cima dele rapidamente. Senti ele me pressionar contra ele. E logo senti ele tentar me afastar, então saí de cima. Foi quase instantâneo: no momento em que eu saí, o seu gozo saiu dele também.

- Agora sim, bom dia, amor. - beijei seus lábios.

- Assim que é bom acordar. - ele sorriu entre o beijo.

Limpei ele com o lençol e me limpei também. Joguei o lençol no chão e deitei em cima de Nico.

- Precisamos conversar. - falei, fazendo carinho em seu peito, ele fez sinal para eu continuar. - A mídia tá questionando a paternidade de Knight. Se é seu ou de Antony.

Nicolas arfou, com raiva.

- Tu não achas que este é um bom momento para eu adotá-lo? - sugeriu.

- Acho. - concordei. - Vou conversar com meu pai para agilizar isso no sigilo.

- E se pedirem o DNA?

- Não vai dar positivo para nenhum de nós três. - dei risada. - DNA não vai nos fazer menos pais dele.

- Tens razão. - me puxou e me abraçou. - Estás tão gostosa. - sussurrou, passando a mão pelo meu corpo.

- Saliente. - dei um tapinha no seu braço.

- É a verdade. - ajeitou meu rosto para olhar em meus olhos.

- Nicolas, eu te amo. - falei, consciente de que essa era a verdade e que mesmo não falando muito, nada mudaria isso.

- Eu também te amo. - respondeu, me confirmando com palavras o que ele já demonstrava com atitudes.

- E estou com medo. - confessei.

- Não fique. Já passamos por coisa pior. Ao menos temos um ao outro. E a Kni.

Essa menção me tranquilizou. De fato, passamos por pior. O nascimento de Luca. O velório de Luca. O enterro. Tudo isso nos dilacerou e sobrevivemos. Acredito que se Nicolas não estivesse em nossas vidas, Knight teria tido uma péssima mãe. O luto me devastou.

Não conseguimos ficar mais tempo abraçados, ouvimos batida na porta do apartamento. Então vestimos qualquer roupa para atender quem quer que fosse. Ao abrir a porta, me deparei com meu pai, meu irmão e meu ex.

Nicolas, atrás de mim, colocou a mão em meu ombro. Quando os três entraram, sem serem convidados, Nic fechou a porta.

- O que isso significa? - perguntei.

- Precisamos conversar sobre a última notícia. - Heitor falou.

- Ele é meu filho? - Antony indagou, sem me dar a chance de responder ao meu irmão. - Digo, ele tem dois anos. Estamos separados há dois anos também.

Ele parecia nervoso.

- Não. Ele não é seu filho. - Nico respondeu.

- Não falei contigo. - Antony respondeu rispidamente.

- Ei, se segura aí. Respeita meu namorado. - defendi Nicolas. - E eu repito o que ele afirmou: Knight não é teu filho.

- Vamos fazer o DNA então. - sugeriu. - Se não for meu, como todos vocês insistem, dará negativo e a mídia se acalmará.

- Temos um problema com isso. - meu pai entrou na conversa. - Visto que não dará positivo para Nicolas também.

Antony estava espantado.

- De quem é esse menino, Talulah? - ele me olhou.

Uma coisa que nunca imaginei acontecer de novo. Nossos olhos conectados, como se o mundo parasse de existir. E, em um instante, me senti com 22 anos novamente.

- Antony, meu filho vai fazer três anos. - falei. - Tenho certeza que você não lembra de eu estando grávida.

- De fato... - percebi sua mente ficar mais confusa.

- Nosso filho é adotado. - Nicolas disse, calmamente. Me abraçou de lado, percebi que foi uma atitude para mostrar quem estava comigo. Mostrar o lugar de Antony.

Aceitei.

- Oh, céus. - sentou no sofá de uma vez. - E o que faremos?

- A gente fala que eu e você já tínhamos terminado. Que você estava com Emily há mais tempo do que a mídia imagina e o resultado disso foi o filho de vocês. - sugeri.

- Não podem. Quando a traição estourou, Antony e Emily foram à imprensa explicar o erro. Disseram que estavam bêbados. - Heitor explicou.

- Mas não estavam. Né? - perguntei, franzindo a testa.

Antony me encarou, percebi a mágoa no seu olhar mas não me importei. Ele era o errado da história.

- Eu tava. - falou. - Emily sempre deu em cima de mim, você sabe disso, Tulah. Eu sempre neguei. Aí, naquele dia, ela apareceu na minha casa chorando. Disse que o pai tinha batido nela, sei lá. Quando coloquei água para ela e para mim, tive que sair da cozinha por alguns segundos. Isso foi o suficiente pra sua amiga me drogar. Se tu tivesses esperado e conversado comigo no mesmo dia, teria percebido que eu não conseguia formular uma frase sequer.

Inacreditável Where stories live. Discover now