Capítulo XVI - Saída. (I)

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Pov Tighnari

Ao chegar em casa, arrumo minhas coisas, tomo um banho e cuido das minhas plantas. Amanhã, o sexteto incrível estaria junto, novamente. Fico feliz em saber que tenho amigos tão legais, e feliz por Cyno, também.
Ah, eu estava pensando.. Estamos em Abril, certo? No começo de Abril, mais ou menos. O aniversário de Collei é dia 8 de Maio. Então eu, como um ótimo amigo que sou, vou preparar as coisas para seu aniversário (com o grupo todo, claro). No último aniversário de Collei, ela ficou meio mal pela Eleazar e não conseguiu aproveitar muito de seu aniversário, mas eu vou fazer com que esse ano seja diferente. Mas, não era hora de pensar nisso, estamos no começo de Abril, e não vai ir tanta gente pro aniversário dela.. Eu acho. Bem, tem a galera de Mondstad também... Enfim!
Foi um dia cansativo, mas estar com Cyno sempre me deixa feliz, e me faz esquecer desses problemas.
Eu não faço nada de interessante em casa, eu só estudo, cuido de plantas e tudo mais, tenho vivido assim tem um tempo. É entediante as vezes, mas já me acostumei com essa rotina.. Mas passar um tempo com Cyno é realmente uma experiência nova, e é legal não ter que fazer as mesmas coisas todo santo dia, não tenho doque reclamar.

Quebra de tempo (Manhã)

Acordo com alguém chamando meu nome, do lado de fora. Não lembro o que aconteceu de noite, mas eu acordei sentado na cadeira, em frente a minha escrivaninha. Eu estava com dor nas costas, e tinha alguns papéis colados na minha cara. Isso é bem coisa de filme, mas sim, eu dormi enquanto estudava. Olho para o relógio: são 9 horas da manhã, e eu me pergunto quem gritava meu nome neste horário, em um domingo.
- Nari, Nari! Tá em casa?!
Novamente. Demorei um pouco para acordar de fato, eu não estava prestando atenção em nada, não mesmo. Até que saquei que existe sim alguém que grite meu nome na frente da minha casa, na manhã quente de um domingo.
- Naaari?
Vou até a janela, que estava aberta. É, eu estava certo..
- Ah, finalmente! Bom dia, flor do dia!
- Bom dia, Cyno.. O que você tá fazendo as nove horas da manhã de um domingo na frente da minha casa?
- Vim te ver, ué? Abre aí pra mim, por favorzinho!
Eu estava com dor de cabeça e com dor nas costas, meu rosto doía e eu tinha acabado de acordar, eu realmente estava odiando Deus e o mundo. Mas, ainda assim, não pude deixar de sorrir quando percebi que era Cyno que gritava meu nome.
Pego a chave de casa, desço as escadas e abro a porta para Cyno. Ele vem e me abraça, com força e vontade, eu realmente quase caí.
- E-Ei, Cyno! Calma aí!
- Eu senti taaanto a sua falta!
Cyno me abraçava e dava beijinhos no meu rosto e do lado do meu pescoço (fazia uma leve cosquinha, me segurei para não rir). Também senti falta dele, mas ele realmente acordou tão cedo assim, só para me ver?
Cyno para de me abraçar. Ele sorria, ele estava feliz, alegre. Não que seja impossível Cyno acordar cedo, ainda mais num final de semana, mas é.. Improvável. A expressão de seu rosto saí de um sorriso, para uma cara de preocupação.
- A-Ah, Nari.. Eu te acordei?
- Ahn, bem..
- Perdão, eu achei que você ia estar acordado! Desculpa, desculpa..
Ele ficou pedindo desculpas sem parar. Eu fiquei com dó dele, mas era fofo o jeito que ele agia. Coloco uma de minhas mãos em seu ombro, e aproximo meu rosto do seu.
- Não, tudo bem! Eu até agradeço que você tenha vindo, eu provavelmente só acordaria depois do meio-dia.. Não se preocupa, certo? - Digo, olhando para seus olhos. - Não há motivos para preocupação e tristeza, você está aqui, comigo, lembra?
Cyno volta a sorrir, lentamente. A última coisa que eu queria era que ele ficasse triste, ou se preocupasse. Bem, esse ano é um dos mais importantes da nossa vida, ele que vai decidir o nosso futuro, então é impossível não se preocupar. Mas, não queria que ele se preocupasse com coisas que não são de tanta importância, sabe?..
- Huhum, certo! Ah, e.. Sua cara tá marcada.
Tiro minha mão de seu ombro, e a coloco em meu rosto. Eu dormi em cima mola do caderno.
- Eu dormi em cima do meu caderno hoje.
- Q-Que?! - Diz Cyno, se segurando para não rir. Vou até a porta e a fecho. - Como assim?!
- Sei lá, não lembro. Só sei que acordei com dor nas costas e no rosto.
Subo para meu quarto novamente, com Cyno. Sua visita era improvável para mim, e eu estava feliz em vê-lo aqui, mas não conseguia demonstrar isso certamente.
- Você quer que eu faça alguma coisa?
- ..Não? Não, mas tipo, o que você tem em mente?
- Ah, bem..

Cynonari - Tempos da Escola.Onde histórias criam vida. Descubra agora