Harry Potter e o Príncipe Da Sonserina

Capítulo 82: Adeus

13 de maio de 1993
O Grande Salão
8h00 AM

Na quinta-feira, foi a vez dos sonserinos aplaudirem (embora muito mais educadamente do que os indisciplinados Grifinórios fizeram para Jim Potter na segunda-feira anterior) quando Draco Malfoy entrou no Salão Principal para o café da manhã. Ele olhou para a mesa da Lufa-Lufa e acenou quase imperceptivelmente para Justin, que acenou de volta com o mesmo nível de discrição. Então, o Herdeiro Malfoy foi até o meio da mesa da Sonserina, onde se sentou sozinho. Crabbe e Goyle se entreolharam surpresos com o desprezo mútuo, momento em que ambos notaram que Pansy Parkinson ainda não havia descido para o café da manhã.

"Draco," disse Harry uniformemente a alguns metros de distância. "Bem vindo de volta."

"Obrigado", disse o menino. "Meu pai manda lembranças." Com isso, vários sonserinos próximos se entreolharam bruscamente.

"Por favor, diga a ele que eu as devolvo," Harry respondeu.

"Você está livre esta tarde depois do almoço?" Draco perguntou enquanto começava a encher seu prato. "Há alguns assuntos que desejo discutir com você."

"Claro. Nós, hum, na verdade não temos mais aulas de D.C.A.T - foi cancelada pelo resto do ano - então essa tarde está perfeito."

Draco assentiu e comeu calmamente sozinho.

A visão do menino que já foi uma criatura tão social agora sentado sozinho causou um burburinho entre os sonserinos que só terminou quando algo ainda mais incomum aconteceu. Uma enorme coruja com chifres de plumagem preta e dourada de uma raça que nenhum dos alunos jamais tinha visto antes mergulhou pela janela e desceu em direção à mesa da Grifinória para pousar na frente de Jim Potter. A surpresa do menino foi superada apenas pela da sua companheira de casa, Parvati Patil.

"Essa é a coruja do meu tio Gupta, Indra!" ela exclamou. "Por que meu tio está enviando corujas para você da Índia?!"

Jim ignorou a garota enquanto pegava a carta da perna da coruja. Depois de jogar uma fatia de bacon para o pássaro, ele a viu voar e então abriu a carta. Ele leu cuidadosamente duas vezes antes de se virar para olhar para sua mãe que estava sentada na mesa do corpo docente olhando para ele com surpresa.

Vinte minutos depois no escritório de Lily Potter

"Você quer ir para a Índia!" Lily disse em choque.

"Sim, mãe, eu quero ir para a Índia", ele respondeu quase placidamente. "Gupta Baskar é tio de duas das minhas colegas. Ele também é um dos curandeiros mais respeitados do mundo e alguém que aprendeu sozinho Ofidioglosia. E ele me convidou para passar um mês na Índia neste verão para estudar com ele."

"Estudar o quê, exatamente?" ela perguntou desconfiada.

"Língua de cobra, óbvio. Ele quer passar um tempo conversando com um ofidioglota natural para ver se há alguma diferença que possa alterar em como a magia com Ofidioglosia pode reagir á nós."

"Magia com Ofidioglosia?"

"Sim, aparentemente existem alguns feitiços que você pode dizer em Ofidioglosia. Principalmente feitiços de cura, mas também alguns feitiços de combate. Na verdade, praticamente qualquer feitiço que tenha muitos S's no encantamento."

"Eu não sei se é uma boa ideia, Jim. Depois de tudo o que aconteceu, você realmente quer... exibir sua língua de cobra assim?"

"Eu não estou me exibindo, mãe! Eu só estou... me recusando a viver com medo disso." O garoto desviou o olhar por alguns segundos. "Há outra razão para eu querer ir. Na verdade, duas razões. Gupta Baskar não é apenas um famoso curandeiro. Ele também é um célebre curandeiro mental que vive do outro lado do mundo e me vêr apenas como Jim Potter diferente das pessoas daqui que me vêem apenas como o Menino-Que-Sobreviveu, isso é... isso é ótimo, certo?"