Algumas vezes já me deparei com o que pensava ser o fim. O muro de uma rua sem saída. O segundo final da última música da playlist. O minuto 59 na hora 23. O ponto final de uma poesia. Os olhos do meu irmão se fechando. A beira de um abismo. Mas não há final que não esteja precedendo um novo início. Uma oportunidade de uma nova experiência ou uma (re)experiência de algo já vivido.
Às 23:59, eu escrevo outra palavra depois daquele ponto final. E ao bater meia noite, eu acrescento uma nova música à playlist. Eu fecho os olhos como meu irmão, abrindo um portal para um sonho belo e profundo, onde me torno capaz de romper muros, quebrar barreiras, construir pontes entre o início e o fim. E se chego à beira do abismo, dou um pulo, abro asas e me lanço em direção ao infinito desconhecido.
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Verdades Clandestinas
PoetryVersos e Prosas ainda sem destino, de uma escritora tentando encontrar seu próprio sentido.