Eu sou a última romântica
Ainda não cheguei aos 40
Tampouco morri de tuberculose
Não tenho marcas de escravidão
na pele e nem meus olhos derramaram
lágrimas na sarjeta.
Nem todos os meus heróis morreram
por mim
Mas eu também não morreria
por nenhum deles
Não gosto de boemia
Não fumo
E o pouco que bebi é apenas para saciar uma sede esporádica de socialização
Sou a última romântica
Mas nem sequer vivi entre os primeiros
Cheguei atrasada
Fui a última da fila
E sobrou pra mim apenas a esperança
De que minhas palavras um dia
Possam tocar corações
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Verdades Clandestinas
PoésieVersos e Prosas ainda sem destino, de uma escritora tentando encontrar seu próprio sentido.