Capítulo 34 - Meu Deus, você é louco?

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3 dias depois

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3 dias depois

Respiro fundo olhando para o teto do meu quarto enquanto tento não deixar minha mente ser dominada pelas memórias dos homens entrando na minha casa, aquele maldito me batendo, e me dopando...

Nego com a cabeça fechando meus olhos e a dor do meu coração berra dentro de mim, abro novamente meus olhos pegando meu celular e abrindo em uma rede social, tentando que não pensar e também não sentir.

Era para ter me mudado ontem, mas desde a conversa que tive com Berilo ainda no hospital as coisas estão um pouco estranhas entre nós dois.

Gostaria de conseguir acreditar nele.

Mas não consigo.

Realmente acho que ele queria namorar comigo porque estava com pena de mim naquele momento, e por isso ele não tocou mais no assunto, deve ter pensado melhor e também reconheceu isso.

Ele foi me visitar na quinta pela manhã, levando flores para mim olhou nos meus olhos e disse rapidamente que me amava e pediu para que ligasse que iria me buscar quando recebesse alta, e assim fiz na parte da tarde quanto a médica passou me liberando, liguei para ele avisando, e nem 10 minutos depois Berilo chegou, com uma troca de roupa nova para mim e me ajudou a ir até seu carro, ele me trouxe para casa e disse que precisava ir resolver algumas coisas, e foi embora.

Ele veio ontem me visitar e tentou conversar sobre a mudança, pedi que adiasse, disse que não estava com cabeça para pensar em me mudar no momento, de certa forma é verdade...

Mais ou menos.

Berilo respeitou o meu espaço.

Perguntou se queria sair, falou que todos gostariam de me ver e que podíamos jantar no meu restaurante favorito.

Neguei na mesma hora.

E passei minha sexta feira dentro do meu quarto, trancada, pensando e remoendo toda a dor que tem dentro de mim e que acho que nunca vai cicatrizar, esse machucado nunca vai cicatrizar...

Estou conversando todo dia com a psicóloga, e ela me ajudou a entender que nada disso me define, nenhuma das coisas que aconteceram comigo, mas elas marcam e deixam cicatrizes. Ela bate na tecla de que Berilo não está fazendo isso por pena e nessas horas a ignoro, não querendo ouvir e sei que ela sabe disso.

Hoje é sábado e já está na hora do almoço e escuro duas batidinhas na porta do meu quarto e levanto minha cabeça olhando para a mesma, Marta entra deixando uma bandeja na minha cama e sorrio em agradecimento.

- Vou sair com sua mãe. – Ela avisa e assinto. - Vai ficar bem?

- Não precisa se preocupar comigo, Marta. – Falo dando de ombros. – Sei me cuidar.

Ela assente com um enorme sorriso em seu rosto e sai pela porta do meu quarto respiro fundo, sentando-me na cama enquanto pego o prato e olho para a comida, o coloco de lado rapidamente, não querendo comer nesse momento. Pego o controle da televisão a ligando, e começo a passar os canais, paro quando vejo um canal de desenhos passando Bob Esponja de e sorrio, enquanto me deito melhor olhando para a tela mas logo sinto as lágrimas nos meus olhos, porque não faz mais sentido isso... Eu aqui sozinha assistindo ao meu desenho favorito... Falta alguma coisa.

Amar Berilo ReeseOnde histórias criam vida. Descubra agora