O amor é capaz de mudar?
Berilo Reese é o vice-presidente da Reese's Company, mas ser um playboy cafajeste é sua melhor definição. Mulheres diversas, finais de semanas agitados, bebidas e sexo sem compromisso... Para ele o amor é algo que passa lon...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Bato meu pé nervosamente contra o piso de mármore, e meus saltos fazem barulho por todo o andar...
Respiro fundo tentando controlar tudo o que sinto dentro de mim.
Ajeito os óculos escuros em meu rosto, porque meus olhos ainda estão inchados do tanto que chorei ontem, sinto quando meu marido coloca sua mão em cima da minha coxa, parando o movimento da minha perna e o encaro.
- Calma, Pocahontas...
Respiro fundo e assinto, Be leva sua mão até meu rosto e o acaricia, deixo minha cabeça ir ainda mais em sua direção sentindo meu coração acelerar.
- A dor fica mais leve com você. – Afirmo e meu marido assente me puxando para os seus braços.
Faltei ao trabalho hoje e Berilo pediu para as gêmeas assumirem agora pela manhã, conseguimos um horário com a mesma ginecologista que cuida da Ania, a dra. Morgan e aqui estamos esperando o atendimento. Minha cabeça está uma loucura, fiz a besteira de procurar na internet um simples:
O que não deixa uma mulher engravidar?
Berilo saiu do quarto para pegar algo para que pudesse comer e já tem uns 20 minutos, tenho certeza de que ele está chorando escondido de mim em algum canto da nossa enorme e vazia casa, olho para o meu celular vendo a pesquisa que acabei de realizar e minha mente berra para que eu não faça isso, para que volte e jogue um joguinho bobo...
Mas minha curiosidade é maior.
Encaro a tela do meu celular e sinto o ar sumindo dos meus pulmões.
Anovulação...
Ovários policísticos...
Endometriose...
Miomas uterinos...
Trombofilia...
Pólipos endometriais...
Alteração da tireoide...
Alteração da prolactina...
Uso de medicamentos...
Falência ovaria precoce...
Sinto as lágrimas insistentemente descendo pelo meu rosto e a raiva cresce dentro do meu peito, jogo meu celular na direção da porta, justamente quando Berilo entra por ela, meu celular bate no meu marido e logo cai no chão se espatifando, sento-me puxando minhas pernas para o meu peitoral e deitando minha cabeça sobre os meus joelhos enquanto os soluços saem pela minha boca, e sinto quando a cama abaixa a minha frente.
- Trouxe para você. – Meu marido diz e levanto minha cabeça o encarando.
Vejo seus olhos vermelhos, mas sem nenhuma lagrima em seu rosto, Berilo sorri para mim com seu sorriso fácil e levo minha mão até o copo de vidro em sua mão.
