malfeito feito

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Harry não se surpreendeu quando Padfoot não o acordou cedinho para dar início a tradição deles de Natal. O último dia tinha sido de tantas emoções, tantas descobertas, tantas verdades reveladas que Harry ainda permanecia tonto. 

Ele não sabia o que pensar sobre a profecia. Ele era um garoto profetizado, marcado, determinado ao fim. Ele ou Voldemort. Voldemort ou ele. Não os dois juntos residindo no mundo, mas apenas um. Um iria respirar enquanto o outro não.

Padfoot, Moony e seu avô haviam sentado com ele após o ocorrido e explicado tudo que a profecia queria realmente dizer. Harry entendeu os possíveis desdobramentos que ela tinha, entendeu o que cada parte significava, mas isso não o fez se sentir melhor. 

Talvez ele estivesse chateado porque todos esconderam isso dele, mas depois quando ele estava a só em seu quarto ele pensou como seus pais se sentiam com tudo aquilo. Padfoot e Moony estavam aterrorizados e Harry entendeu. 

Talvez no fundo ele sempre soubesse que tinha algo a mais, que ele era algo a mais, não somente Harry Potter O Menino Que Sobreviveu, mas o Eleito. Padfoot disse e disse várias vezes durante sua conversa de que aquilo não queria dizer nada, que ele não iria permitir que Harry chegasse a meia cidade de Voldemort, mas com quanta certeza aquela promessa era dita? Ele já tinha percebido que o universo iria contribuir para Harry ficar à frente de Voldemort e aí? Harry é apenas uma criança sem dons extraordinários, sem conhecimento elevado. Como ele poderia sequer pensar na possibilidade de competir com um dos maiores bruxos das trevas?

Ele era o Eleito segundo a profecia, por mais que Padfoot, Moony e seu avô negassem. A profecia era clara quando dizia que tinha que ser Harry. Isso o desesperou. 

Mas ele não iria pensar nisso hoje, não. Não depois do pequeno surto que ele teve ainda em Godric's Hollow, o que obrigou seu pai a os transportar imediatamente para as paredes do Largo com receio de Harry destruir o pequeno vilarejo. 

Ele não sabia explicar como deixou aquilo acontecer e nem como. Harry sempre foi muito consciente de si, então durante a residência com seus tios ele sempre se policiava para se manter em controle em relação a tudo, principalmente as coisas estranhas que ele fazia e não tinha explicações. Mas ontem... ontem ele havia perdido o controle e uma onde diferente de poder foi acordada. Era como se metade do seu poder estivesse dormente, silenciado e aí ele simplesmente acordou deixando Harry em chamas. 

Padfoot o havia segurado, ambos caído ao chão da sala do Largo, enquanto seu pai tentava conter o poder que saia dele sem controle. Seu pai ativou seus poderes de Lorde e o enrolou na aura do seu poder. Ambos ficaram ali até Harry ter certeza de que tinha controlado o que quer que tenha despertado dentro de si. 

Ele não se sentia mais fraco como estava e sentia que havia uma grande quantidade de magia dentro de si. 

Uma batida na porta soou e Padfoot colocou a cabeça lentamente para dentro do quarto.

"Posso?" 

Harry assentiu e Padfoot entrou sentando-se na cama a sua frente.

"Ted está lá embaixo junto com Andy e Dora" ele informou "Pedi para eles chegarem mais cedo para Ted dá uma olhada em você."

Harry sentiu um nó na garganta "E se... e se ele encontrar alguma coisa que não deveria encontrar? Eu sinto que tem algo diferente, Padfoot."

"Bom, aí nós vamos lidar com o que quer que tenha acontecido, certo? Mas precisamos saber, já que seu núcleo estava ainda se recuperando."

Não era para ter acontecido aquela carga de poder, era o que Padfoot queria dizer.

Harry assentiu.

"Os outros vão chegar no Largo para o jantar, certo?" Padfoot sorriu "Vamos esperar você lá embaixo, Andy está em uma longa discursão com seu avô em relação a Dora."

the men of the stars - livro umOnde histórias criam vida. Descubra agora