the men of the stars - livro um

o julgamento do grim. pt1

Suddenly (De repente)

I'm not half the man I used to be (Não sou nem metade do homem que costumava ser)

There's a shadow hanging over me (Há uma sombra pairando sobre mim)

Oh, yesterday came suddenly (Oh, ontem, veio de repente)

Yesterday - The Beatles

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"Estamos aqui para o julgamento de Sirius Orion Black III, no dia 07 de fevereiro para averiguar as novas evidências que chegaram ao nosso conhecimento sobre o veredicto contestável que foi fornecido ao réu. Para resumo taxado, Sirius Black foi acusado de três crimes extremos no dia 31/10/1981, sendo eles: Entregar a localização de James e Lily Potter a aquele-que-não-deve-ser nomeado, resultando em suas mortes prematuras" Sirius sentiu a garganta fechar "Acusado de agir em favor daquele-que-não-deve-ser-nomeado, fornecendo informações e sendo membro fiel das suas tropas e por fim acusado da morte de 12 trouxas e de Peter Pettigrew" O tribunal estava em completo silêncio e Cornelius levantou o olhar para Sirius "Como você se declara em frente as acusações?"

"Inocente" Sirius falou com certeza. Seu avô foi bem claro nas instruções: fale em alto e bom som, seja certo nas respostas e tenha firmeza ao falar.

Vários sussurros ecoaram pelo tribunal, mas eles foram silenciados rapidamente pelo ministro.

"Conte-nos qual a sua versão da história, Black."

Sirius respirou fundo e puxou os anos de treinamento que seu avô lhe deu. Ele precisava disso agora para esconder todas as emoções que borbulhavam dentro dele. Então ele disse. Contou a todo o ministério que estava presente como havia mudado o fiel dos Potter para Peter, contou sobre a noite de 81 quando encontrou James morto e viu Harry machucado. Deixou claro que havia feito um feitiço de cura e limpeza em seu afilhado na cicatriz que ele tinha na testa cortando por cima do olho e descendo até mais a baixo dos olhos verdes. Ele disse claramente como havia entregado Harry a Hagrid, já que Dumbledore especificou que iria manter Harry seguro. E finalmente discorreu sobre sair de Godric's Hollow e encurralar Peter. O silêncio era absoluto quando ele disse que Peter estava vivo e havia enganado a todos forjando sua própria morte.

Ele tinha o coração descompassado quando terminou o relato. Suas mãos estavam frias e suando. Sua boca estava seca. Sirius não ousou olhar para ninguém, manteve seus olhos firmes no ministro enquanto os sussurros ecoavam na sala.

"Silêncio!" a voz de Cornelius soou estridente pelos quatro cantos do cubículo "Iremos ouvir a testemunha que vai discorrer sobre os eventos da noite fatídica de 81 e agir em defesa do réu. Albus Dumbledore."

As portas se abriram em um estrondo para mostrar o homem que todos respeitavam. Independente de ser luz ou trevas, o mundo bruxo inteiro respeitava Dumbledore. Sirius poderia estar incrivelmente magoado com ele, mas não podia negar que Dumbledore era sim, o maior bruxo daquele tempo. Suas vestes longas e chamativas ondulavam a medida que ele se encaminhava para o centro perto de Sirius. O chão com certeza estava tremendo pela onda de poder que Dumbledore exalava sem nenhum esforço. Sua expressão era a mais fria que Sirius achou que Dumbledore já havia usado. O brilho em seus olhos estavam quase nulos e seus ombros estavam arqueados. Sirius se perguntou até que ponto o velho bruxo estava se culpando, ele esperava que fosse uma boa quantidade.

O silêncio se fez presente e Sirius podia ouvir algumas respirações ofegantes graças os seus sentidos caninos.

Dumbledore parou no centro da sala, os braços ao lado do corpo e os olhos no ministro.

"Apresente seu relato, Albus" Cornelius disse quase que impassível.

Dumbledore varreu a sala com um único olhar e parou em Sirius que fez o possível para não estremecer.