o brilho estelar

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Fazia uma semana que Harry havia voltado para a escola sobre muitas restrições e cuidado dos seus pais. Ele sabia que Padfoot havia se reunido com Dumbledore antes de permitir que ele voltasse e tinha certeza de que havia algumas sentinelas a mais pelo corredor. 

Harry percebeu que os professores estavam mais que atentos, pelo menos alguns deles. Mas havia um clima diferente no castelo, talvez somente Harry sentisse por questões específicas, mas ele podia sentir um ar mais gélido, uma sensação mais fria e distante. 

As aulas estavam indo bem e Harry continuaria suas lições com Padfoot. Ele não queria ver Snape, não importa que ele tivesse de certa forma salvado sua vida, ele achava que não queria nunca contato com o outro homem. Os outros alunos fizeram um estardalhaço quando ele retornou e a maioria não tentou ser discreto para falar sobre sua quase morte. Ainda bem que ele tinha momentos para respirar e ficaria sempre grato a seus amigos por isso. 

Ele também havia percebido que os Weasleys estavam um tanto mais protetores e Ron nunca o deixava sozinho. Harry não havia pensado como tinha sido toda a situação para seus amigos, mas vendo todo o cuidado e proteção ele se solidarizou com eles. 

Ele vinha tendo as consultas com Simon, mas nada ainda tinha surtido, ele ficava encarando a tela em branco e não conseguia externar nada, nem desenhar, nem falar. Ele só ficava lá, parado querendo sentir algo mas era como se sua mente tivesse resetado e nada tivesse sobrado dentro, ele não conseguia verbalizar ou externar, ou simplesmente pensar no que sentia. Ele se sentia vazio, longe.

Hoje ele tinha sua primeira aula com o professor Dumbledore para tentar controlar sua nova adição de poder e ele achava que essas aulas seriam o ponto alto de toda a semana. Ele sentia necessidade de externar isso de alguma forma, e já que ele não conseguia falar sobre isso ele poderia descarregar as energias jogando alguns feitiços. 

Minerva havia ido buscá-lo na Comunal e o deixou na porta do diretor com o aviso de que iria vir buscá-lo assim que acabasse. Harry havia entregado um sorriso a sua tia antes de bater na porta do diretor e ouvir um entre bastante entusiasmado.

Harry adentrou na sala e ele tinha que admitir que a sala do diretor era a mais legal de todo o castelo. Havia tantas coisas, retratos, objetos, artefatos que provavelmente foram forjados muito antes de Harry nascer. O professor Dumbledore tinha coleções de livros divididos por especialidades e Harry era extremamente curioso para saber o que ele lia. 

"Harry, meu garoto!" Dumbledore estava sentado em sua cadeira longa de madeira antiga e o olhou por cima dos óculos de meia lua. Suas vestes hoje mais chamativas, um vinho longo com muitos detalhes dourados pelas mangas e acompanhando um cinto da mesma cor do manto "Sente-se!"

Harry olhou para o quadro do tio de Padfoot que estava pendurado o observando. O velho Black deu um aceno para Harry de reconhecimento e Harry devolveu antes de se encaminhar para sentar-se em uma cadeira a frente do diretor.

"Diga-me, como tem estado? Aulas boas?"

Harry assentiu "Acho que não perdi tanta coisa."

"Bom, bom. Seus amigos sentiram sua falta, Minerva me confidenciou que não aguentava mais o Sr. Weasley todo dia em sua porta."

Harry sorriu "Ron é um pouco protetor."

Dumbledore assentiu "Bons amigos você está cultivando, Harry. Bons amigos..." ele se encostou na cadeira "E como tem se sentindo? Não tivemos a chance de conversar depois de todo aquele ocorrido. Tem algo que queira conversar?"

"Eu..." Harry considerou "O senhor sabe que eu descobri sobre a profecia, certo?"

Harry percebeu que o diretor vacilou rapidamente enquanto assentia "Sirius me contou sobre sua ida até Godric's Hollow. Fiquei surpreso pela carga de poder não ter danificado a Casa."

the men of the stars - livro umOnde histórias criam vida. Descubra agora