Perversion. {Lucca Lopes +18}

Seven.

Ele me apertou contra seu peito e ali adormeci. Segura, confortável. Surreal.

07hrs e 45 min. Terça Feira.

— Bom dia, minha gata. — Pude ouvir ele quase sussurrando de tão baixo. Senti seus lábios em minha testa e ele me cobrindo.

Abri os olhos bem de leve e o vi andando para a direção da porta. Onde ele parou e olhou em minha direção por alguns longos segundos. Não me segurei e deixei escapar um sorriso bobo.

Eu estava nesse momento sentindo como se um milhão de borboletas estivessem na minha barriga. Eu sei, é clichê. Mas eu realmente sentia isso. Muito boba.

Estava tão cansada psicologicamente da noite anterior que meus olhos fechavam sozinhos, pedindo urgentemente socorro e assim o fiz, voltei a dormir mais um pouco.

— Que isso minha filha. — Pude ouvir a voz alta de Lucca. Acordei assustada. — Dormindo ainda??? Bora acordar!!!! — Ele pulou em cima de mim me fazendo gritar.
— Aaaa você vai me esmagar, seu maluco. — Disse rindo, e ele me olhava rindo junto.
— Levanta, hoje vou te levar para passear, sua maluquinha. — Ele me deu um puta de um sorriso. Meu Deus eu me derreto nesse homem.

Levantei ficando sentada na cama. Ele me olhando fixamente e passando a língua pelos lábios, me tirando completamente do eixo. Pelo amor de DEUS.

— Parou em. — Falei desviando o olhar. — Obrigada por ontem. Vou ser eternamente grata.
— 'Tô aqui Mel. — Ele disse beijando minha mão. — Vou te proteger, eu prometo. Vai tomar banho logo.
— Mas eu nem tenho roupa aqui, Lucca. — Me lamentei.
— Eu sei, por isso te trouxe isso. — Ele tirou de baixo da cama uma caixinha embrulhada, super linda. — Ele me olhou sem graça.
—Aaaaa Lucca. — Senti meus olhos encherem de água. — Obrigada, é tão lindo, mas não precisava.
— Eu senti que precisava. — Ele sorriu e me abraçou apertado.

Fui toda saltitante tomar meu lindo e belo banho. Como ele estava me apressando tomei um banho super rápido e vesti o meu presente. Um conjunto azul super lindo e fresquinho. De uma marca provavelmente muito cara. Me olhei no espelho e fiquei impressionada em como caiu bem.

— Eu sabia que ficaria lindo. — Ele disse. — Mas não nesse nível. — Ele disse me girando. — Pensa numa mulher gata, ai papai. Bora que já to maluco.

Ele segurou firme na minha mão, fazendo ficarmos de mão dada e me levou até o carro dele.

— Me fala onde vamos. — Falei super animada.
— Claro que não ne. — Ele disse fazendo cara de deboche me tirando um riso.

Durante o caminho eu estava tão animada que mal conseguia terminar uma frase. Eu olhava a paisagem, minhas pernas pulavam e minha boca falava antes mesmo de eu pensar, invertendo assim tudo.

— Ninguém nunca fez nada parecido comigo. — Falei cabisbaixa.
— Agora o papai 'tá aqui. — Ele disse beijando minha mão enquanto eu ria. Ele é um palhaço. — Isso ainda não é nem metade do que quero fazer por você.

Ele parou o carro. Olhei animada. Era uma espécie de parque misturado com Jardim Botânico, e tinha uma mesa montada para dois super linda. Meu coração começou a acelerar, ele saber ser romantico.

— Que isso, Lucca? — Perguntei.
— Jardim que aluguei para te trazer hoje. — Ele disse sorrindo e nossos olhares se encontraram por longos segundos.

Eu estava boba. Apesar do acontecido anterior, onde eu ainda estava assustada e com medo, parece que só de estar ali ao lado dele, tudo sumia da minha mente.

— Acho que você me deve algumas explicações. — Eu disse quebrando o clima.

Apesar de estar me sentindo acolhida, ele estar aqui tentando me ajudar a me sentir melhor, nós tinhamos combinado de sermos Amigos Coloridos, e ele simplesmente saiu pela minha porta e nunca mais me procurou, como se eu fosse uma estranha. Isso me magoou. Um pouco.