— ACORDE!
Maeve abriu os olhos, sentindo que sua colega de quarto a chamava há alguns minutos.
Bocejando, a garota sentou na cama, com uma expressão sonolenta.
Depois de acordar quatro vezes durante a madrugada atormentada por seus pesadelos, Maeve percebeu que devia ter tomado uma de suas poções para ter uma noite tranquila.
— O que você quer, droga?! - retrucou Maeve, sem paciência naquela manhã.
Dot apenas apontou para o outro lado do quarto, onde uma menina loira estava agachada sobre uma poça d’água no chão, cantando, enquanto passava blush no rosto.
— Sou uma linda princesa, de se admirar, esperando um príncipe, para comigo casar... — dizia Sophie, que aparentemente não notava suas colegas afastadas e com olhares de horror.
— Que tal costurar a boca dela? — perguntou Maeve, cobrindo os ouvidos com a melodia desafinada.
— É uma ótima ideia — concordou Anadil.
A porta do quarto tremeu. — Sophie! Sou eu! — gritou uma voz feminina, sacudindo a maçaneta.
Parecendo impaciente, a garota do lado de fora investiu contra a porta, que escancarou e bateu, fechando-se atrás dela. — VOCÊ NÃO FAZ IDEIA DO QUE EU PASSEI PARA CHEGAR AQ-
Agatha parou, vendo a amiga cantar ao olhar para o próprio reflexo, então as quatro colegas de quarto e três ratos que observavam a cena do lado oposto, todos boquiabertos de choque.
Hester ergueu os olhos para Agatha, com uma expressão furiosa. — Ela inundou nosso chão! Para passar maquiagem!
— Quem poderia ouvir algo mais cruel? — Dot fez uma careta. — Incluindo a canção.
— Meu rosto está direito? Não posso ir para a aula parecendo uma palhaça — perguntou Sophie, estreitando os olhos para a poça.
— Não precisa de maquiagem para isso — murmurou Maeve, levantando da cama para pegar seus livros e materiais do dia para as próximas aulas.
Sophie revirou os olhos e finalmente ergueu o rosto, encarando a visitante. — Agatha, querida! Já não era sem tempo que você recuperasse a razão. Sua aula de Enfeiamento começa em dois minutos, e você não vai querer causar uma má primeira impressão.
Maeve olhou a menina pálida e magricela na porta do quarto. Agatha tinha os cabelos pretos e curtos, olhos grandes igualmente escuros e uma expressão séria, que parecia mais uma careta. Ela usava botas pretas, contrastando com o vestido rosa da Escola do Bem.
— Claro — disse Sophie, levantando-se, ao ver o olhar confuso de Agatha. — Nós temos que trocar de roupas, primeiro. Venha, vamos resolver isso.
— Você não vai para a aula, "querida" — Agatha ficou com o rosto vermelho. — Nós vamos à torre do Diretor da Escola agora mesmo, antes que fiquemos presas aqui para sempre!
— Não seja tola — Sophie sorriu e olhou atentamente para Agatha, ao lado de suas companheiras de quarto. — Você vai se enturmar bem aqui.
Agatha encolheu os ombros. — Por que eu sou... Horrível?
— Ora, pelo amor de Deus, Agatha, olhe para este lugar — disse Sophie, apontando ao redor. — Você gosta de penumbras e maldições. Gosta de sofrimento, infelicidade e coisas queimadas. Você será feliz aqui.
"Então essa é a amiga que Sophie disse ser uma vilã", pensou Maeve, subitamente com pena. "E essa amiga não sabe que é apenas uma boa ação."
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✓ | DISENCHANTED ━ tedros of camelot.
Fantasia𝕯 𝐈 𝐒 𝐄 𝐍 𝐂 𝐇 𝐀 𝐍 𝐓 𝐄 𝐃 ❪ 𝐚. ❫ alguém que perdeu o encanto ou a magia que possuía, desilusão. Maeve realizará de tudo em seu alcance para seguir os passos da falecida mãe, a lendária Rainha Má, após ser admitida na Es...