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Depois do café da manhã mais estranho que Josh já teve, o loiro se despediu do irmão e foi acordar Ayla para levá-la a escola. Quando adentrou no quarto da garota, ele se surpreendeu novamente com o tamanho do lugar. O espaço era provavelmente duas vezes maior que seu antigo apartamento. Deixando os pensamentos aleatórios de lado, Josh se sentou na ponta da cama de Ayla e começou a acordá-la.  

— Ayla, tá na hora da escola – a menina começou a se remexer na cama e se espreguiça antes de abrir lentamente os olhos – Bom dia senhorita Urrea – fala divertidamente.

— Bom Dia Joshy – se levanta animada e abraça o loiro.

— Uau, nunca vou alguém tão feliz depois de acordar – fala retribuído o abraço da garota – Você precisa ir tomar banho enquanto preparo sua roupa. Grace já encheu a banheira para você. 

— Ok – diz correndo rumo ao banheiro e chamando pela mulher que considera como sua avó.

Josh vai até o guarda-roupa e pega um conjunto que considera adequando para uma criança usar em uma escola. Depois disso, ele ajeita a bolsa de Ayla com os livros que a mesma precisará para aquele dia de aula.

Ayla e Grace retornam do banho e a mais velha ajuda a garota a se vestir enquanto cantam uma música infantil. Quando terminam Josh retorna ao quarto com um pente e creme para pentear o cabelo da menina.

— Você quer que eu faça algum penteado em seu cabelo? Sou muito bom nisso.

— Sério? – questiona a menina confusa.

— Sim, eu sempre ajudo minhas colegas da faculdade com isso quando vamos apresentar um espetáculo.

— Flaculdlade? – ela tenta pronunciar o nome e acaba errando - Isso é uma escola de gente grande? Como a que a vovó fazia?

— Sim, Ayla. Só que o Josh faz de dança e eu fiz de Gastronomia – reponde a mais velha.

— Nossa! Quando crescer quero ser como vocês – fala fazendo com que Josh e Grace sorriam.

— Isso é bom. Agora diz, qual penteado vai querer?

— Aquele – responde após pensar um pouco e aponta para a foto de uma boneca que tem na parede.

— Uh, então vamos começar.

(...)


Após arrumar Ayla, Beauchamp a levou para a escola e recebeu muitos abraços antes de se despedir dela. Depois Josh foi o mais rápido possível para a faculdade com medo de chegar atrasado.

As aulas foram bastante cansativas, mas o loiro ainda sentiu imensamente grato pela possibilidade de continuar cursando o que ama. Quando a aula chegou ao fim, Josh se direcionou ao pátio em busca de uma pessoa que não via a muito tempo.

— Sabina! – gritou de animação após reencontrar a amiga de infância.

— Josh! – fala correndo para abraçar o loiro – Eu senti tanto a sua falta.

— Eu também minha hermana. Como tá o meu futuro afilhado? – questiona colocando gentilmente a mão na barriga da mexicana e sentido o bebê chutar.

— Ele está ótimo, crescendo saudável e não me deixando dormir. Mas me conta, fez o que dá vida durante as minhas férias?

— Eu? Bom, arranjei um emprego e me mudei para a casa de meu chefe.

— Sério? Trabalhado de quê?

— Babá – reponde simplesmente.

— Isso é incrível! Já sei quem vou contratar quando precisar de alguém para cuidar do Enzo – fala e ambos começam a rir – E o Alex, como ficou depois de saber que não terá para onde ir quando a mãe dele o expulsar casa?

— Ele chorou no primeiro dia, mas eu deixei a chave do apartamento com ele então a tristeza do embora no mesmo momento. Falando no Mandon, precisamos marcar uma dia para sairmos nós três e colocar o papo em dia.

— Sim! Inclusive quero falar com os dois sobre o chá de bebê do Enzo. Queria a ajuda de vocês para organizar. 

— Tem certeza? Lembra da última fez que eu e o Alex ficamos responsáveis por organizar esse tipo de evento? Ele colocou fogo na sala – diz e ambos caem na risada ao relembrar o momento.

— Até hoje eu me pergunto como ele achou uma boa ideia encher uma casa com velas sendo desastrados do jeito que é – fala enxugando as lágrimas nos olhos depois de tanto rir, porém a alegria de Sabina acaba quando ela percebe quem está caminhando em direção a eles – Ah, não. Lá vem quem não devia – diz e aponta discretamente para o rapaz a frente.

— Fala sério pensei que tinha me livrando dele.

— É, pelo visto não conseguiu. Bom, eu já vou, porque não preciso ouvir a voz daquele ser. Me liga depois, Ok?

— Pode deixar – diz se despedindo com um beijo na testa.

Segundos depois alguém o chama e Josh se vira contra própria vontade.

— Josh, te procurei o dia inteiro – O homem fala ofegante pela corrida que fez em busca do loiro.

— Acabou de me achar. Do que precisa Erick? – pergunta já sem paciência.

— Quero saber se aceitaria fazer dupla comigo no trabalho que a Senhora Fernandes passou?

— Eu já tenho dupla e mesmo assim, você deveria pedir a sua namorada, não? Já que o trabalho é fazermos algo que expresse amor, ela deveria ser sua primeira opção.

— É, você tá certo. Só que eu e Emma terminamos.

— Oh, sinto muito – menti. O loiro não liga realmente para nada que envolva o homem a sua frente.

— Não precisa, foi o melhor para nós dois.

— OK – diz e no mesmo instante recebe uma mensagem no celular. Nela diz que Bailey já o estava esperando para leva-lo para buscar Ayla – Olha, eu realmente preciso ir. Boa sorte em encontrar outra dupla, se precisar que eu indique alguém para ser seu par, é só falar.

— Obrigado pela preocupação, você sempre tão gentil – responde sorrindo e colocando a mão no ombro de Beauchamp e fazendo um carinho ali. Ação que deixa Josh extremamente desconfortável, mas mesmo assim ele lança um sorriso forçado – Bom, tchau. Vejo você amanhã.

— Tchau – diz e se retira rapidamente.

Caminhando para fora da universidade, Beauchamp logo vê uma limusine preta parado do outro lado da rua. Andando até lá, Josh fica extremamente surpreso com quem vê quando entra no carro. 

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Juntos ao luarOnde histórias criam vida. Descubra agora