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Os dias se passaram e Ayla melhorou definitivamente da sua infecção estomacal, retornando para a escola em pouco tempo. O clima na mansão Urrea se encontrava agradável, com Noah e Josh cada vez mais próximos. Eles não haviam se beijado novamente nenhuma outra vez, porém as carícias entre ambos ficaram mais frequentes.

Como era comum acontecer durante a tarde, Josh se encontrava no quarto lendo livro ao mesmo tempo que vigiava Jaden e Ayla brincando a poucos metros de distância. O loiro demorou para perceber que Urrea havia entrado no local e estava parado ao seu lado.

— Senhor Urrea, precisa de algo? – questiona deixando seu livro de lado e se levantando.

— Só vim avisar que as sete horas haverá um jantar na casa de meus pais, será um espécie de festa para gente rica sem o que fazer – Noah comunica com uma expressão desgostosa em seus rosto – Se arrume, vamos sair daqui a pouco.

— Certo, devo arrumar Ayla mais formalmente ou posso deixá-la ir com uma roupa mais confortável? – questiona.

— O quê? Ayla não vai comigo, ela ficara aqui com Grace e Jaden.

— Oh, mas então porque eu preciso ir se não para cuidar de Ayla? – pergunta confusa.

— Porque eu quero você como meu acompanhante. Comprei uma roupa para você e a deixei no seu quarto, vista-a para irmos. Estarei lhe esperando – fala antes de se retirar.

(...)

Durante a noite, Josh já se encontrava devidamente arrumado e esperando Noah na porta de casa. O loiro estava ansioso, ele nunca tinha ido a um evento desses e ter a companhia de Urrea só aumentava seu nervosismo.

— Vamos? – Noah diz chegando perto de Josh e estendendo a mão para o loiro segurar. O moreno aproveitou para contemplar a beleza de Josh, em sua visão o azulado estava ainda mais belo.

— Sim, sim – Beauchamp entrelaça seu braço no do outro e ambos seguem para o carro, onde, como de costume, Bailey está sentado no banco da frente.

A viagem até a casa dos pais de Noah é rápida, durante todo o percurso ninguém disse sequer uma palavra. Já chegando ao local, Josh e Noah desceram do carro e adentraram na mansão.
Beauchamp ficou surpreso pela quantidade de pessoas presentes, afinal, eram mais do que ele imagina. Além disso, todos ali pareciam pertence a alta classe do Canadá, com suas roupas e joias chiques.

Antes que Josh pudesse absorver toda aquela situação, Noah o puxou guiando-o até seus pais.

— Filho você veio! E ainda trouxe o Josh! – Wendy fala assim que avista a dupla, cumprimentando os dois com um abraço.  

— Oi mãe – Noah fala sem emoção alguma.

— Olá Wendy, é um prazer revê-la. A senhora está belíssima nesse vestido – Josh elogia a matriarca.

— Ah querido, não exagere. Posso está bonita, mas não tanto quanto você. Parece até que saiu de uma capa de revista, não é mesmo Noah? Josh não está ainda mais lindo? – questiona não conseguindo conter seu sorriso.

— Sim, ele está ainda mais belo do que já é – Noah responde olhando o loiro de cima a baixo e deixando Josh envergonhado no processo.

— Vocês dois deixaram o menino vermelho de vergonha – Marco comenta finalmente entrando na conversa – Mas estão certos, você está esplêndido Josh.

— Obrigado senhor Urrea, e agradeço a senhora também Wendy – Beauchamp diz tentando conter seu nervosismo e Noah tenta não se sentir mal por não ter sido incluso nesse agradecimento.

— Bom, eu e Wendy  precisamos recepcionar os outros convidados, então trate de fazer Josh aproveitar essa festa Noah – Marco comunica – E Beauchamp, conto com você para não deixar Noah fugir daqui, ele tem que ficar até o jantar, pelo menos.

— Ahn, claro? – o loiro diz um pouco confuso pelo pedido.

— Noah sempre sai antes da hora nesses jantares, mas hoje ele tem que ficar porque iremos tratar de um assunto importante – Wendy explica ao perceber a confusão estampada no rosto do outro. 

— Oh, certo. Então contem comigo, essa noite ele não vai fugir.

— Ótimo – Marco fala e rir com a careta de Noah, o moreno odeia mais do que tudo eventos como esse – Se divirtam crianças – fala e se retirar com a esposa, deixando Josh e Urrea sozinhos.

— Você quer uma bebida? Não vai precisar beber mesmo, é só ficar segurando – Noah pergunta quando um garçom se aproxima, pegando uma taça com champanhe.

— É, pós ser – Josh aceita a oferta, repetindo a ação anterior de Urrea e dando um sorriso agradecido ao garçom, que logo se afasta.

— Sinto que estamos com sorte, prevejo que nenhum velhote vai vim nos atormentar essa noite – Noah diz bebendo metade do líquido de seu copo em uma só vez.  Josh somente balança a cabeça positivamente, torcendo para que o homem esteja certo.

— Urrea, que bom que veio! – esbraveja um senhor de idade se aproximando do homem.

— Falei cedo demais – Noah sussurra para Josh antes de colocar o melhor sorriso no rosto – Senhor Albert, é bom vê-lo.

— Digo o mesmo meu jovem. Quem é esse? – pergunta apontando para Josh – Namorado?

— Não, é um amigo.

— Sei, já tive vários desses amigos também – o mais velho fala num tom brincalhão – Soube que roubaram seu carregamento, espero que consiga reparar o que perdeu.

— É, foi uma grande perda porém vamos no recuperar.

— Aposto que o Jake só te roubou porque não superou que você tirou o irmão dele da jogada – o homem comenta despreocupado. Urrea percebe quando Beauchamp demostra desconforto com a fala e coloca a mão em sua cintura como forma de conforto.

— Provavelmente – Noah responde simplesmente, torcendo para que o homem pare falar e saía.

— Realmente, foi por esse motivo mesmo – uma voz irritada pronuncia, fazendo Noah colocar uma expressão fria no rosto e apertar ainda mais a cintura de Josh, como se quisesse proteger o loiro de algo.

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Juntos ao luarOnde histórias criam vida. Descubra agora