Quando a escuridão ofusca a luz, diminui também todo o sentido de mérito, compaixão e reconhecimento próprio que podemos sentir.
Podemos escalar a montanha mais complexa do mundo e sentir apenas que subimos um pequeno monte. Provoca até um certo desconforto quando uma terceira pessoa o reconhece, e faz-nos sentir completos impostores.
É algo que sinto com frequência quando me dão as felicitações por ter concluído algo na minha vida. Paira que tipo de resposta deverei dar.
"Obrigada, mas é só da sua imaginação porque não fiz nada disso."
"Sabia que é tudo mentira ? Eu não sou capaz de alcançar nada de extraordinário. Limitei-me a seguir o caminho que me estava pré-destinado."
Mil e uma respostas poderiam surgir daqui, mas acaba sempre na mais comum: o típico 'sorrir e acenar'.
Mas tenho mudado isso! Felizmente, penso eu.
Tenho aprendido a apreciar cada pequena conquista, porque aprendi que é isso que move as pessoas. É isso que faz as pessoas acordarem de manhã e seguirem a sua vida.
Questionara-me tantas vezes - especialmente com aquelas pessoas insuportavelmente bem dispostas - como é que elas conseguiam ser assim? O mundo é bom para vocês, ou é só da minha cabeça que está tudo fodido?
E foi aí que comecei a analisar tudo de novo. De uma forma diferente, melhor até. Foi como que desconhecer como andar de bicicleta e voltar a aprender a fazê-lo.
Fazem-no ao olhar para trás e pensar "eu consegui fazer isto; logo, conseguirei alcançar mais!".
Orgulho-me então de dizer que, hoje em dia, sou sim capaz de alcançar muita coisa. Como o fiz até hoje, sem me aperceber disso.
Hoje sinaliza a primeira semana que consegui alcançar estabilidade e paz de espírito, consecutivamente, sem nenhuma recaída.
E mal posso esperar por alcançar ainda mais, pois o melhor de mim ainda está a chegar.