um pouco sobre nós

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Aos meus dezesseis anos, conheci um alfa um tanto diferente do comum, um alfa bem gentil, simpático, sensível e bem medroso que ainda morava com os pais mesmo já sendo adulto.

Sou um ômega meio incomum também, posso me passar facilmente por um alfa se não fosse o meu cheiro doce de pêssegos para atrapalhar.

Nos conhecemos graças aos nossos pais que são amigos, de cara eu ignorei o alfa já que ele não parava de gracinhas do tipo me chamar de baixinho e açúcar, mas por ironia do destino nossos pais ganharam uma viagem do trabalho e levaram a família toda, lá, o alfa e eu passamos a conversar e aos poucos desenvolver uma amizade. Trocamos nossos contatos, passamos a nós ver com mais frequência.

Aos poucos, na verdade bem aos poucos foi nascendo um sentimento ali, eu sendo o ômega que dizia sempre que jamais iria namorar com alfa nenhum, sim eu dizia isso, preferia os betas que não são machões.

Na época ele tinha seus vinte e quarto anos e isso era bem errado! Mas eu não precisei advertir isso, ele nunca sequer tentou me abraçar, eu que as vezes fazia isso. Ele pediu que tivéssemos paciência, disse que quando eu completasse dezoito iríamos namorar e assim aconteceu.

No mesmo dia em que fiquei de maior ele veio até minha casa e pediu autorização dos meus pais para que pudéssemos namorar, meu pai resistiu um pouco devido nossa idade, mas ao saber que nesse tempo todo ele e eu esperamos para ficar juntos, ele permitiu. Namoramos oito meses antes dele me pedir em casamento, eu achei um pouco cedo, mas se ele me aturou esses meses sem implicar com meu jeito, eu aceitei.

O que quero falar com meu jeito? Como disse antes, eu não sou um ômega tão doce, e incrivelmente ele achava isso a minha melhor qualidade.

Nos casamos depois de dois meses que fui pedido, ele alugou uma casa bem confortável e nos mudamos. Desde então já se passaram quase dois anos, atualmente tenho vinte anos e meu esposo vinte e oito, ele está prestes a se alistar.

[...]

— Jungkook?! Se você não levantar dessa cama eu vou até chutar tua bunda!

Eram sete da manhã, meu alfa ainda estava na cama enquanto eu já tinha ido na padaria comprar nosso café da manhã. Hoje ele tem um compromisso indo até o escritório de alistamento.

— Calma docinho — ele entrou na cozinha usando apenas uma box branca, a que ele dormiu.

— Você ainda está assim? Irá se atrasar!

— Não vou amor — veio me abraçar.

— Não, sai Jungkook eu sei onde quer chegar.

Belisco o mamilo dele.

— Aí docinho — fez bico — Você disse que íamos fazer antes de dormir e me enrolou.

— Mas você só pensa nisso em — volto a arrumar a mesa para o café da manhã.

— Mas já faz tempo desde a última vez.

— Kook a gente transou antes de ontem — olhei ele — Você acha que eu sou uma boneca inflável?

— Credo meu bem, não diga uma coisa dessa — senti uma cafungada em meu pescoço — Você é meu docinho de coco, não te vejo como um objeto sexual.

— Então sossega esse fogo aí, esse alfa só pensa nisso.

— Mas  porquê você é gostoso amor.

— Não sou uma comida para ser gostoso, anda afasta seu pervertido.

— Não me ama mais, fica me chutando quando eu encosto.

Apenas ri do drama dele, todo dia de manhã é assim mesmo. Arrumo a mesa bem caprichada, eu não gosto todo afazeres domésticos, mas fazia de boa vontade para deixar tanto meu alfa quanto eu próprio bem confortável.

— Vida, você comprou pão de queijo?

— Comprei sim, achei que você só ia comer mais tarde — fui pegar no forno.

— Obrigado meu bem — entreguei a sacola mesmo para ele, ainda não tinha guardado devidamente.

— Anda Jungkook, você tem que comer e sair.

— Calma, dará tempo.

— Olha se você se atrasar eu vou te dar uns chutes.

— Credo amor, não diga isso com seu lindinho.

— Oh alfa frouxo — acabei rindo da cara dele, outro alfa como esse eu tenho certeza que não existe.

— Mas você que está me ameaçando, até parece que quer me ver fora de casa.

— Também, eu pretendo fazer uma faxina e você só atrapalha — falei enquanto mastigava um biscoito.

— Não pode falar enquanto come.

— Então cale a boquinha e coma também.

— Amanhece dando patadas, credo.

— Também te amo — ri baixo.

— Por que quer tanto que eu saia?

— Só não quero que chegue atrasado, esse negócio de alistamento é sério...

— Não se preocupa meu bem — ganhei um selinho, não esperava.

— Kook... você vai passar dois anos lá.

— Eu sei, não quero ir... Amor lá deve ter baratas,ratos... Misericórdia vou ter que dividir o banheiro, amor eu não quero ir.

— Não diga bobagens, servir ao exército é uma honra , você tem que mostrar ser um alfa de verdade e ir cumprir seu dever.

— Mas ficar dois anos longe de você?

— É... — abaixo o olhar, não sou feito de pedra também— Mas tem as saídas, poderemos nos ver as vezes.

— Como vou viver? Yoonie eu preciso de você para viver...

— Não seja meloso — dou um peteleco nele — Não esquenta, eu vou te visitar todo sábado ou domingo, tá?

— Você promete?

— Sim bebê chorão — ri baixo.

— Vem aqui gatinho — segurou meu braço me puxou para o colo dele.

— Jungkook!

— Não vamos fazer nada amor, eu só quero beijinho.

Sorri revirando os olhos, esse alfa não existe.

— Seu alfa molenga — beijo ele. Embora possa não parecer, eu sou louco por meu esposo, amo ele muito, muito mesmo! Apenas não sou de estar demonstrando sempre ou com palavras.

Mas se tem uma coisa que meu alfa sempre fez, foi amar meu jeito, meu jeito doidinho de ser, como ele mesmo diz.

— Eu te amo Yoonie — disse quando nos separamos.

— Eu sei Jungkook — levantei, mas ele segurou minha mão me fazendo rir e o olhar — Eu também te amo, amor.

Ele sorriu lindamente.

o meu ômega é um doidinho || YoonkookOnde histórias criam vida. Descubra agora