Desespero!
Pensei que iria apenas aguardar a péssima notícia de ter perdido minha filha, mas graças a tudo que é sagrado ouvi uma ordem que me encheu de esperanças novamente.
— Abre o portão — o general permitiu que eu saísse, não pensei duas vezes em sair correndo de encontro com meu pequeno que estava sendo amparado por alguns desconhecidos.
Um deles já tinha chamado a ambulância, fiquei imensamente agradecido por aquilo. Mesmo que a hemorragia estivesse controlada, ainda não estava estancada e isso significava que minha filha ainda estava correndo risco de vida.
Meu chão desabou quando o médico falou que precisaria de uma cesariana de emergência, não sei dizer o medo que tomou conta de mim, para piorar meu ômega estava muito debilitado fisicamente por causa do sangramento contínuo.
— Vida? Abre os olhos — Não queria que ele dormisse, não agora, isso é arriscado — Yoon? Amor abre os olhos.
— Shhh eu estou acordado… só com muito sono.
— Amor abre os olhos, por favor, você não pode dormir meu bem.
— Não vou — segurou minha mão apertada.
— Nossa neném daqui a pouco vai chegar, tá?
— Eu sei — Abriu os olhos.
— Fica acordado meu amor.
— Vou ficar — fechou os olhos devagar.
— Amorzinho não fecha os olhos.
Iria fazer alguma coisa para o acordar, mas travei completamente quando ouvi um choro baixo e fraquinho. Um misto de emoções tomou conta de mim, finalmente minha bebê nasceu e… viva.
— Nasceu? — Olhei meu ômega.
— Sim meu amor — sorri emocionado — Eu quero ver.
— Vai — soltou minha mão — Estou bem.
Afirmo, fui até onde as enfermeiras estavam limpando a bebê e fiquei olhando minha pequena filhote.
— Ela é muito pequena — olho a enfermeira.
— Ela nasceu antes do tempo, isso é normal. Quer pegar?
— Não sei se consigo…
— Ajudo você — ela colocou a bebê em meus braços com cuidado, arrumando ela corretamente.
— Oi meu amor… desculpa o papai? Eu queria estar sempre te acompanhando…— Fui me aproximando devagar do meu ômega— Amor, olha nossa princesa amor.
— Abaixe, não consigo ver— Faço como ele pediu, estava com muito medo de derrubar ela— Tão pequena…
— Ela vai ficar bem amor.
— Claro que vai— segurou na mãozinha da bebê — Eu queria amamentar… mas estou com tanto sono.
— Amor? Você está se sentindo bem?
— Acabei de parir, estou ótimo.
— Não seja assim amor, não agora.
— Eu só quero descansar — fechou os olhos.
— Doutor? Meu ômega está bem?
— Ele vai ficar na observação, a bebê vai para a incubadora agora mesmo.
— Eles vão ficar bem?
— Tenha esperanças.
Uma enfermeira pegou a bebê e as demais foram tirando a maca dali, o médico já tinha costurado a cirurgia. Sai da sala muito abalado, estou com um pressentimento ruim.
— Filho? Vimos a bebê, é tão pequena.
— Por favor mãe, não fique falando isso — ela me abraçou forte.
— Não fique pra baixo, vai dar tudo certo, tá?
— E meu filho?— Olhei meu sogro— Por que levaram ele com tanta pressa?
— Ele perdeu muito sangue… vai ficar na observação — limpo os olhos — Eu não vou aguentar perder qualquer um deles..
— Não fala besteira! Oras iremos embora com os dois e bem saudáveis!
— Obrigado mãe — beijei a testa dela — Pode ir lá em casa pegar as coisinhas da bebê?
— Claro que sim meu amor, vou trazer para o Yoon também.
— Obrigado mãe.
— Vou trazer para você.
— Ficarei agradecido, bom, vou ver meu ômega.
— Vai lá.
— Cuide bem do meu filho.
— Pode deixar, sogro.
Fiz uma referência, olhei a direção dos berçários e fui indo primeiro lá. Fiquei um pouco olhando minha filha dentro daquela "caixa de vidro".
— Seja forte meu amor, estou te esperando minha princesinha..
Dou um tchauzinho como se ela fosse retribuir, sai devagarinho e fui procurar meu ômega.
— Com licença— entrei no quarto, mas ao contrário do que imaginei ele estava acordado — Oi meu amor.
— Cadê nossa filha? Onde ela está?
— Está na incubadora amor, calma — seguro a mão dele — Daqui a pouco ela vem.
— Ela está bem? Por favor, não mente pra mim.
— Ela é pequena amor, só está de observação já que nasceu antes do tempo.
— Ela vai ficar bem?
— Claro que vai ficar, amor.
— Quero ver ela.
— Calma tá? Acredita em mim — beijo a bochecha dele.
— Eu quero, mas não consigo.
— Você sabe que eu não consigo mentir pra você…
— Então olha em meus olhos e repete.
— Ela está bem, só precisa ficar em observação por precaução — digo olhando nos olhos dele.
— Eu… acredito em você — segurou minha mão — deita comigo? Estou com muita saudade.
— Mas você não vai se machucar?
— Só deitar e ficar quieto — deitei com cuidado ao lado dele — Senti saudade do seu calor…
— E eu mais ainda de te dar calor— Ele se aconchegou em mim — Yoon?
— Hm?
— Ela… tem a mãozinha torta…
— Eu sei, descobrimos no último ultrassom, eu iria te dizer isso hoje lá no quartel.
— Nunca mais irei me afastar de vocês, eu juro.
— Você precisa terminar o serviço militar…
— Não vou, posso ir preso, mas não volto pra lá.
— Kook…
— Minha família precisa de mim! Não vou e ponto final.
— Precisamos fazer um documento comprobatório.
— Um cara lá no exército me falou sobre isso aí.
— Mas temos que entrar com um advogado.
— Não precisa se preocupar com isso, eu vou dar um jeito amor.
— Só não sai mais de perto…
— Nunca mais irei ficar longe, tá meu amor?
— Tá bom Kook, eu acredito em você — segurei suavemente no rosto dele e o beijei para matar toda a saudade dele, mesmo que um beijo não seja suficiente para saciar nossa vont
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o meu ômega é um doidinho || Yoonkook
Fanfiction[concluída] Onde um alfa não é imponente, superior ou machão. Aqui o ômega não é nada sensível ou chorão. Onde Jungkook é um alfa de vinte e oito anos e um louco apaixonado por seu omega. Onde Yoongi é um ômega de vinte anos bem durão, que briga com...