Doce desilusão

3 0 0
                                    


Errei novamente, ferindo todos os que cingiam-me. Quer dizer, quem? Meu ciclo social sempre restringiu-se entre familiares, nunca tive ninguém. No entanto, criei um laço com uma garota. Bom, ao menos acreditava nisso. Fomos namorados, em outros tempos, separados pela minha falta de atitude - admito. 

Nos reaproximamos, como amigos, mas nunca consegui enxergar essa amizade. Todavia, assim como ressaltado, sempre me faltou ação. Jamais consegui dizer que, definitivamente, ansiava tomá-la em meus braços e nunca mais deixá-la ir. Com o decorrer das conversas, talvez, tenha perdido esse instante. 

Quis aproximar-me mais, ''saltando'' para sua cidade - o maior erro que viria cometer. Ela afastou-se completamente e daí, bom, iniciou-se minha decaída ao buraco eterno. Sem grandes detalhes, errei inúmeras vezes. O descontrole das minhas ações marcaram-se pela eternidade e a cada ato, via, ela criava uma certa aversão à minha pessoa. 

Tudo o que ansiava era demonstrar que havia alguém bom, em meio àquela massa amorfa de sentimentos e confusões. Nunca consegui, como podem ver, tendo em vista que escrevo minhas lamúrias neste espaço em branco. 

Ela começou a namorar, logo após começarmos a nos aproximar, foi um baque ensurdecedor. Até agora sigo sem acreditar, exatamente, e isso me desnorteou. Palavras que não acredito, misturadas de ações que nunca aprovei, jogaram-na para o outro espectro da vida. Enquanto queria dizer coisas boas, positivas, minhas ações faziam o exato oposto. 

Talvez eu devesse parar de tentar concertar as coisas, afinal, sempre que busco realizá-lo... Bom, acabo piorando. Não há ninguém para me ajudar e uma psicóloga, como todos sugerem, acaba fugindo do meu alcance. Pela falha da saúde? Totalmente contrário, trata-se apenas de mim. Minha próprio sabotagem, somado a procrastinação, leva-me a um seguimento de destruição completa. 

Reservo este momento para colocar meus sentimentos e registrar, ao menos, que fiz o possível. Da forma mais errada que poderia, evidentemente, mas tentando reaproximá-la. Acontece que sua indiferença nunca deixou de existir e como uma faca, me feria gradualmente. Tentei ignorar,  tratar como um jeito pessoal, mas sucedeu-se nessa cadeia de ações. Agora não há mais volta, ao menos quero que ela seja feliz. Quanto a mim? Eu não sei. O céu está escuro, repleto de estrelas, sempre amei essa singularidade. Todavia, até mesmo o que era importante... Agora não tem mais tanto valor. 

Poesias de QuasarOnde histórias criam vida. Descubra agora