12 | Aquilo que une

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Na semana seguinte, Namjoon se preocupou em passar dicas básicas de defesa para Seungwan, como bloqueio e esquiva. Para evitar cortes e sangramentos (acidentes mais sérios), ele procurou usar lanças de madeira. Ele precisava intensificar o dinamismo das lições, mas sem provocar acidentes, pois eles logo tinham que partir para a missão.

— Bloqueio você pode fazer com poderes mágicos. – ele caminhou até o arsenal de armas. – Ou um bom escudo.

— Bom, eu posso fazer uma barreia de proteção de fogo. – ela completou. – acho que fica pesado demais se eu usar um escudo.

— Mas e se a parede não der certo?

— tento me esquivar. – ela repetiu do jeito que ele ensinou mais cedo, ainda que ela tivesse vontade de responder "se eu não conseguir soltar meus poderes é porque já fui pro saco'', mas como Namjoon não estava pra brincadeira, e ela resolveu respeitar o acordo.

— ótimo. – ele falou. – e qual a primeira lição?

— Tirar o corpo inteiro e não só a cabeça, ou o braço.

Namjoon assentiu, e ao invés de perguntar qual seria a segunda lição, deu um golpe surpresa em Seungwan com a dança que ele estava em mãos. A morena conseguiu ter o reflexo rápido o suficiente, e deslocar o corpo todo.

— muito bem, vejo que aprendeu bem a segunda lição também. – ele elogiou. – não escape por baixo.

— é, se que soubesse disso antes, talvez o incidente com o ser féerico não tivesse acontecido...

— Seungwan, você está se lamentando por ter acabado com uma criatura mágica maligna? – ele pareceu estranhar. – você já matou uma pucca antes...

— Mas é diferente... – ela suspirou. – eu não conhecia a pucca, não conversei com ela antes...fiquei um tempo pensando naquilo.

— A vida real é assim. – Consolou – nem sempre estamos imunes ao oponente.

Seungwan teve um lampejo da reação do Yoongi ao ver a pucca, e pode entender um pouco do motivo que ele ficou paralisado. O psicológico faz com que as pessoas vacilem. E nem mesmo semideuses estão imunes a sentimentos.

— Namjoon-ssi... – ela pigarreou. – já vacilou na luta contra alguém?

— Várias vezes. – ele suspirou. – teve um dia que tive que lutar contra um amigo meu, que tinha se corrompido.

— sinto muito....

— foi triste, mas fiz a coisa certa. – ele respirou fundo. – por isso, se quiser mesmo participar dessa missão, saiba que você estará vulnerável a tudo. Inclusive lutar contra nós.

Aquela frase atingiu Seungwan como um soco, e não teve tempo sequer dela se esquivar. Era uma verdade que no fundo ela sabia, ainda que tentasse de todas as formas fingir que aquilo não era possível.

Até que preço ela poderia pagar pra voltar a sua casa?

— eu não sei se estou pronta, mas ao menos tenho força de vontade de lutar. – ela concluiu. — Não estou aqui apenas pra reagir a ações, mas sim antecipar ataques.

— é bom ver sua determinação. – ele falou. – acho que a gente pode parar a sua lição em breve, mas preciso de uma prova final.

— Tá certo que você falou que não pegaria leve, mas realmente não deu por hoje? – ele falou.

— juro, que se você concluir essa missão, a gente vai na missão amanha mesmo.

— hm, tentador. – ela estralou seu corpo. – e o que tenho que fazer?

Kingdom Come » Min Yoongi (Suga)Onde histórias criam vida. Descubra agora