16 | Estilhaços

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Após aquela luta, todos resolveram que seria melhor descansar antes de entrar na tumba. Namjoon armou uma tenda simples perto das arvores, enquanto Agnes e Yoongi se ofereceram para revezar a guarda.

Após comer alguns kimbaps que tinham sido preparados na viagem, Seungwan se esforçou para pegar no sono.

A garota tentava dormir acolchoado. Estava deitada no meio entre Namjoom e Agnes. E mesmo um pouco cansada, não conseguia dormir. E fato não era por ela estar incomodada com a presença de Namjoon ou de Agnes, mas sim o fato da imagem de Yoongi olhando pra ela com muita preocupação, não sair da sua mente.

Conhecendo sua própria mente, Seungwan achou melhor levantar e ir conversar com Yoongi, que estava sozinho do lado de fora da tenda. A guardiã levantou tão taciturna como um gato, tomando todo o cuidado para não esbarrar em quem estava deitado.

Ao sair da armação de lona, uma lufada de ar gelado, fez com que Seungwan se agarrasse no tecido do hanbok.

A mulher caminhou em volta. Olhou por todas as direções, e não achou Yoongi. Seria mais fácil se ela pudesse gritar o nome dele entre a floresta, mas aquilo acordaria os outros, além de criar uma possível confusão entre o semi-deus e o Namjoon, afinal, Yoongi não estava cumprindo o acordo em ser um bom vigia.

Quando Seungwan deu meia volta, pronta pra voltar a barraca, viu o semideus a sua frente.

—Céus, Yoongi!

— Fale baixo senão eles me matam... – Alertou.

— Deveria pensar nas consequências ao assustar uma pessoa.

— Na verdade foi um teste pra ver se você estava em guarda. – O tom soou sério. — Não podemos facilitar, ainda mais a noite.

— Quer dar uma a essa hora? — Bufou a morena. — Bem que achei que você estava diferente comigo.

— Diferente, como?

— Mais frio. – ela começou a caminhar longe da tenda. – foi depois que Namjoon revelou a Agnes de eu ser uma descendente...

— Não é por isso, porque eu já imaginava que vocês eram parentes. — Confessou Yoongi. – Ele nunca demonstrou sentimentos por ninguém da vila, e de repente estava cuidando de uma estrangeira como se fosse filha.

— Então o que é?

— Você sabe que eu entro na mente das pessoas. – Às vezes isso é involuntário...

—Yoongi, isso é invasivo.

— Eu sei, mas a nossa conexão é ainda mais forte porque você é minha guardiã. – Ele justificou.

— E o que você ouviu de tão tenebroso assim?

— O fato de você falar que seu lugar não é aqui.

— Yoongi... – ela parou de súbito. – Eu nunca escondi de ninguém o quanto quero voltar pra casa.

— Mas isso foi antes da gente começar a se envolver... – Ele falou em tom de súplica. – achei que você pudesse ter se interessado em ficar, retomar o poder ao meu lado.

— Yoongi... – Ela colocou a mão delicadamente sobre sua bochecha. – eu entendo o fato de você se sentir solitário e traído, mas eu não posso ficar.

— Nem mesmo se eu pedir?

— Nãoé uma questão de escolha. – Seungwan falou com pesar. – eu tenho uma família, uma vida em outra era.

— Mas você foi chamada aqui por algum motivo... e se não conseguir nunca mais voltar pra lá?

— Eu sei que essa possibilidade existe. – ela falou. – Odeio pensar nisso, mas é possível.

Kingdom Come » Min Yoongi (Suga)Onde histórias criam vida. Descubra agora