23|Meia noite

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Por que um coração quebrado pode ser selvagem e o amor é uma vadia.

Noah Urrea

Eram onze horas da noite quando eu estacionei o carro em frente a minha casa. Os últimos dois dias foram cansativos e praticamente inúteis.

Conseguimos rastrear Sabina até certo ponto, mas depois perdemos as pistas. Ela estava por aí aprontando com um canalha, se colocando em risco, e eu não podia fazer nada.

Mas minha mente estava mais preocupada com outra mulher:Sina.

Sina e seu"quero que você passe em meu quarto quando chegar".

Eu não fazia ideia do que isso significava. Nosso combinado era uma noite, só para não explodirmos com a tensão entre nós. E agora ela queria que eu passasse em seu quarto?

Suspirei e saí do carro, entrando em casa lentamente. Eu estava com medo do que Sina planejava, mas também estava ansioso.

Parei a porta do seu quarto e bati três vezes.

"Entre"

A voz que eu senti tanta saudades respondeu de dentro. Eu assenti, engoli em seco e entrei no quarto.

Sina vestia um baby doll preto, e se virou com um sorriso diabólico quando eu entrei.

-O que é isso? - Eu perguntei, minha voz rouca e baixa.

Ela me encarou séria.

-Tranque a porta.

Eu neguei com a cabeça, sentindo minha respiração acelerar com a aproximação dela.

-Tranque a porta, Noah.

Tranquei a porta.

Ela assentiu e levantou os pés, deixando seu nariz na altura de meu queixo.

-Eu quero que você se sente na cama, agora.

Andei devagar até a cama e me sentei. Ela foi até mim e passou o dedo indicador por meu rosto, bem devagar.

-Sua última punição é isso.

Eu pisquei, confuso.

Minha punição era ver a mulher mais maravilhosa do mundo de lingerie sexy?

-Isso?

Ela sorriu e beiiou suavamente o canto dos meus lábios.

-Você não pode me tocar, querido.

Sina foi até uma caixinha de som, e uma música conhecida começou a tocar:Love is a bitch. E eu percebi a barra de pole dance no quarto. A mulher ia...

Ela estava dançando. Ela estava dançando para mim. Ela estava dançando para mim eu não podia toca-la. Que merda era aquela?

Eu não fazia ideia de onde ela aprendera a dançar assim. O ritmo da música era tão sensual, a letra tão gostosa, e a alemã parecia fazer parte daquilo. Ela inclinava a cabeça para trás, esticava as pernas, abria a boca, e eu estava suando.

Minha respiração já não tinha ritmo, e minhas mãos se encontravam cerradas em punhos. Eu queria fazer Sina deitar na cama e me sentir entrando nela, com força. Queria vê-la revirando os olhos de prazer, gritando meu nome e me implorando por mais.

Eu queria fode-la contra a barra de dança.

Quando eu achava que não poderia piorar, ela começou a passar sua mão sobre o próprio seio, e apertar os mamilos duros, soltando gemidinhos suaves.

-Sina...

Ela começou a descer aquela mão perigosa.

-Sina. -sibilei, meu peito subindo e descendo em respirações curtas e irregulares.

Broken Pieces•𝘯𝘰𝘢𝘳𝘵Onde histórias criam vida. Descubra agora