20 - Apaixonada por você.

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Arregalei os olhos assim que vi a foto no celular da minha mãe. A olhei assustada.

- Mãe... - me aproximei a ela. Minha mãe, bruscamente, saiu de perto de mim.

- Cala boca! - a mulher dizia, olhando diretamente em meus olhos. Você vai voltar pra casa, e vai voltar agora! - seus gritos altos adentravam meus ouvidos, havia uma raiva em seu olhar.

- Não, não vou! - Elevei meu tom de voz, gritando a ela. - Você acha que manda em alguma coisa, Silvia? - perguntei a ela, totalmente alterada.

Minha mãe veio até mim, segurando fortemente em um dos meus braços.

- E você? acha isso bonito, Soraya? Sair com uma mulher.. - Minha mãe falava cada palavra olhando dentro de meus olhos, com desdém. Sua voz estava alterada.

- Por que você está tão incomodada, hein? - Falei me soltando de seu braço.

- Porquê eu não aceito isso! - minha mãe gritou.

- Que eu saiba, não estou pedindo aprovação nenhuma a você. - respondi a ela. Em questão de segundos, senti um tapa forte em meu rosto. Levei a mão até o local quente, por conta do tapa.

Minha mãe me olhou assustada, parecia arrependida por sua atitude.

- Soraya.. - Vi a mulher vir em minha direção.

- Não encosta em mim. - gritei a ela, ainda com a mão em meus rosto.

- Que gritaria é essa? - De repente, a voz de meu pai se fez presente. O homem que descia as escadas, levou seu olhar até minha mala. - O que a mala da Soraya está fazendo aqui, na sala? - meu pai perguntou a minha mãe.

Minha mãe, que estava com seu celular na mão, virou a tela do aparelho para meu pai, mostrando a foto.

- Olha, Jorge.. - ela falava mostrando a foto para meu pai, que não esboçou nenhuma reação. - Você sabia que tem uma filha sapatão? - ouvi uma risada irônica em sua voz.

- Qual o problema? - meu pai perguntou calmamente a ela.

- Qual o problema? - a mulher loira soltou uma risada alta. - Eu não criei filha nenhuma pra ser sapatão! - sua voz saiu em um grito estridente.

- Para com esse surto, Silvia! Soraya já está bem crescida pra saber o que quer da vida! - meu pai falou a ela.

- Ela está louca, pai! - minha voz saiu tremula. - Me deu um tapa no rosto! - falei a meu pai. Vi seus olhos arregalados.

- Eu não acredito que você fez isso, Silvia. - o homem dizia a ela, com um olhar de decepção. - Não foi com essa mulher que eu me casei.. - senti meus olhos se encherem de lágrimas.

Meu pai veio até o meu lado, tirou minha mão de meu rosto e olhou a região.

- Como você pode apoiar uma pouca vergonha desse tipo, Jorge.. - minha mãe gritou a ele, que ainda olhava pra meu rosto.

- Vergonha é você ter um pensamento tão antigo e preconceituoso, Silvia! - meu pai se virou, olhando a ela. - Soraya não te deve satisfação nenhuma da vida amorosa dela, de quem ela gosta ou deixa de gostar! - senti lágrima escorrer em meu rosto, assim que ouvi a fala do homem.

- Eu não quero você perto dessa mulher, ouviu? - minha mãe veio para meu lado, com o dedo indicador apontado em direção a meu rosto. Logo meu pai se colocou na frente dela.

- Você não tem que querer nada! Eu quero e vou continuar mantendo contato com ela. - Gritei a minha mãe, que me olhava furiosamente.

- Soraya, não brinque comigo.. - Sua voz saia carregada de ódio e desprezo. -

A dona da fazenda ao lado || SIMORAYAOnde histórias criam vida. Descubra agora