CAPÍTULO 24: Quentes e doces arrepios.

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PARK JIMIN

AEROPORTO DE ZURICH, 16 DE AGOSTO, 2022 – 12H P.M.

Chegamos no aeroporto em menos de duas horas, a viagem em si é rápida, se não fosse alguns atrasos para pousar em segurança, teríamos feito essa viagem em uma hora no máximo.

Eu vim o tempo inteiro dormindo, o que foi um presente já que em alguns momentos eu sonhava com uma certa sapatilha de ponta.

Era a única coisa que eu podia considerar de bom nessa viagem, quanto mais perto estou do local, mas irritado me sinto.

Hoseok e eu caminhamos em direção ao portão central, onde Durand e seus homens estariam na tal van preta.

O vento frio da rua batia no meu cabelo fazendo os fios penderem para trás violentamente, ainda bem que vim preparado para esse tipo de clima.

Passei a vista pelo local e logo avistei o veículo, um pouco distante e discreto, os faróis piscaram duas vezes como forma de nos confirmar a identidade.

Mesmo assim é prudente irmos em alerta.

Ficamos mais sossegados quando, cada vez mais próximos, víamos os rostos já conhecidos.

ㅡBuongiorno (Bom dia) Park, quanto tempo! ㅡ disse Durand.

Saindo do transporte, vindo em minha direção para um abraço caloroso.

ㅡ Você não lembra mais o endereço da minha casa, esqueceu os bons modos ㅡ falei brincando.

Porém, nem tanto.

ㅡ Você sabe bem porque eu não vou mais para aquele lugar meu amigo.

ㅡ Claro, mas são águas passadas e eu sou o seu Hyung, me deve uma visita.

ㅡ Essa coisa de hierarquia das idades não funciona aqui monsieur Park.

Eu ri debochado, levei minha mão para o seu ombro e com fortes tapas lhe respondi: ㅡ Funciona com coreanos, independentemente do local e com quem estão. Principalmente se tratando de mim ou preciso te lembrar quem sou?

Ele reclamou assustado e logo se colocou no seu devido lugar.

Durand era um dos nossos homens, mas veio a ser expulso da mansão por ter desviado dinheiro.

Meu pai disse que para mantê-lo vivo ele precisaria fazer o que a gente mandasse sempre que precisássemos.

ㅡ Vamos indo então? Não podemos perder tempo, certo?!

Eu concordei com a cabeça e com a maior cara de cínico que eu conseguia fazer.

ㅡ Essas são as armas que vocês solicitaram, código raspado e são novinhas, ninguém usou ainda, fizemos apenas os testes e estão funcionando perfeitamente.

Peguei as duas glocks que eram para mim, enquanto Hoseok analisava o outro par que seria dele. Ambas estavam carregadas, mas por precaução levamos mais munição.

ㅡ Ótimo Durandssi, vamos para a estrada, é hora de visitar uma certa pessoa!

Olhei semicerrado para a frente, enquanto guardava as pistolas na minha cintura.

♣♥♠♦

A viagem de carro para o local levaria mais ou menos três horas, dependendo do trânsito, infelizmente ainda não estou em solo francês, por isso teremos que passar pelo pedágio e seremos submetidos a toda mini burocracia de imigração.

Por sorte morar na Europa facilita, ainda mais quando se usa documentos falsos para esses momentos.

Pois é, para usufruir da mamata que a vida no crime oferece, temos que nos submeter a algumas coisas. Inclusive se passar por outra pessoa.

50 Copos de SojuOnde histórias criam vida. Descubra agora