Capítulo Sete

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Mais um início de semana já havia chegado e por mais que ultimamente eu estivesse nas nuvens não estava nem um pouquinho afim de trabalhar hoje, que vida tediosa essa minha, afff.

Levanto da cama indo pro banheiro, onde faço o que tenho que fazer e desço pra cozinha, Chloe vem até mim miando em um desespero só, quem a visse assim iria pensar que eu não a alimento a dias.

Coloco ração pra ela que se pôs a comer com pressa.

-S/n:Que gatinha gulosa eu tenho - riu e começo a preparar o meu café.

Estava maratonando a minha série favorita "supernatural", já é a quarta vez que a assisto, mas nunca perde a graça, percebo que já está quase no meu horário de trabalho, desligo a TV e depois de pronta sigo até o bar.

Hoje o movimento estava fraco com poucos clientes o que facilitava pra mim, estava dando uma olhadinha nas redes sociais quando ouço alguém me chamar e eu reconhecia bem aquela melodiosa voz.

-S/n:Oi Hayley- sorrio, mas não tive resposta da morena, o que me fez estranhar.

Ela costuma ser sempre tão sorridente, será que fiz algo errado?

-Hayley:Preciso conversar com você, S/n, é algo sério- pelo seu tom de voz parecia realmente ser algo de extrema seriedade.

O que me deixou preocupada e curiosa.

Não disse nada apenas concordei dando a volta no balcão e a puxando pela mão até os fundo do estabelecimento, se é algo sério a ser tratado requer um ambiente mais calmo e reservado.

-S/n:Então o que você quer me falar? - observei cada resquício do seu rosto, mas minha atenção caia mais em seus lábios.

Lábios esses que eu tive a satisfação de provar e que adoraria, ansiava para repetir o ato de beija-los.

-Hayley:Primeiramente quero que saiba que eu adorei te conhecer, você está entre as melhores coisas que apareceram na minha vida, eu te acho incrível - suas mãos se agarraram as minhas e as apertaram - Mas infelizmente não poderemos continuar nos encontrando.

Aquela simples frase foi capaz de me deixar sem chão, e em segundos o meu brilho se apagou.

Ela não me quer mais por perto é isso? Mas estávamos nos dando tão bem, o que eu fiz para ela querer se afastar assim do nada?

-S/n:Por que? Eu fiz algo que não deveria, eu... - fui interrompida.

-Hayley:Ei não tem nada haver com você, sou eu o problema.- meu rosto foi segurado pela mesma que fitou as minhas íris- O problema é comigo, como eu te disse você é incrível, S/n, merece tudo de bom e mais um pouco e eu não sou o melhor pra você. - seus olhos estavam tristes e marejados, coisa que achei que nunca veria, pois pra mim ela era a definição de alegria.

Seus lábios tocaram os meus em um selinho demorado e melancólico, que me deixou com a certeza da despedida e a promessa do até nunca mais, meus olhos transbordavam de lágrimas quanto mais a via se afastar.

Em tão pouco tempo eu já havia criado sentimentos fortes por ela, pensei que era recíproco e por isso me joguei de cabeça, entreguei o meu coração de bandeja, para no fim acabar com ele em pedaços.

À vida conserteza gosta de me sacanear.

(...)

Semanas haviam se passado dês que Hayley cortou laços comigo, eu não via mais as coisas como antes, parecia que tudo no mundo havia se tornado preto e branco, tudo pra mim era tedioso e desinteressante.

Eu só pensava em dormir, sempre com a vontade de não acordar, mas foi em uma noite que me peguei relembrando dá minha infância e dos bons conselhos que recebia da minha que me vi decidida a me reerguer.

Não podia e nem devia ficar deprimida pelo resto da vida, pois o tempo não espera por ninguém, e eu tenho metas e sonhos pra alcançar, se eu não lutar por mim quem irá.

Na manhã seguinte já me encontrava mais disposta a seguir em frente, porém ainda sem ânimo, mas com a certeza de que encontraria um novo propósito para sorrir, afinal de contas eu tenho uma filha pra cuidar (minha gata), não posso me aprisionar nesse quarto por causa de uma desilusão amorosa, isso seria patético.

Teria que fazer hora extra para compensar os dias que faltei no trabalho, não pude reclamar e sim agradecer por não ter sido demitida, o ruim é que chegaria mais cedo que o normal e seria a última a sair e com isso teria que fechar o estabelecimento.

E era exatamente isso que me encontrava fazendo nesse exato momento.

-S/n:Não vejo a hora de chegar em casa e me jogar no meu amado sofá- murmurava sozinha enquanto guardava as chaves do bar na bolsa.

Tive um susto quando me virei e me deparei com dois homens, um deles me parecia familiar, mas não tinha certeza de conhecê-lo pois não conseguia o ver com clareza por ser noite.

- Boa noite- O mais alto que usava um terno extremamente elegante falou, eu o respondi e tentei seguir caminho, mas fui impedida pelo mesmo que se colocou a minha frente- Creio que você seja a S/n, estou certo? - Perguntou sério e eu concordei engolindo em seco.

Esse homem parece tão imponente que chega a me dar medo.

E o que ele quer comigo? Coisa boa é que não deve ser, por que eu acho isso, simples é só olhar pra cara dele.

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