Capítulo Cinco

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Mais uma vez me encontrava sem ânimo, sem propósito de enfrentar o mundo lá fora, isso pode soar dramático da minha parte, mas depois da última vez que encontrei Hayley perdi a vontade de trabalhar ou de sair de casa.

Não por medo de encotra-la, isso já mais, mas sim por não está conseguindo a encontrar em lugar nenhum.

Talvez eu não estivesse sentindo falta dela e sim das nossas conversas, nunca fui de ter amigas e depois de ter perdido a minha mãe me vi ainda mais sozinha, ela se mostrou disposta a me ouvir e isso me deu uma fisgada de esperança de ter o vazio da solidão preenchida, de ter uma amiga. 

Ela nunca mais apareceu no bar, sempre ando atenta na rua na esperança de ve-la, só que nada, voltei algumas vezes naquela cafeteria da última vez, sempre tendo tentativas falhas, ela simplesmente sumiu ou apenas está vivendo a sua vida normalmente e se assim for, ela está mais do que certa. 

Ja era por volta das onze horas da noite quando o meu expediente já estava chegando ao fim, haviam poucos clientes que em breve ficariam sobre a responsabilidade do próximo atendente, me via no auge do cansaço, com toda certeza essa semana foi uma das mais cansativas.

- Hayley:Fiquei com medo de não te encontrar. - eu estava pensando tanto nela que já começava a ouvir coisas ou realmente não era coisa da minha cabeça?

Só pude acreditar totalmente que era ela e não alucinações quando me virei e a vi sorrindo, sorriso esse que me fez muita falta.

- Hayley:Por que está com essa cara? Parece até que viu um fantasma- brincou, ouvir a sua leve risada soou como melodias serenas, o brilho que sua face sempre tinha era algo de se invejar para muitas, mas para mim é admirável.

À minha cara de surpresa deveria estar de fato muito engraçada, pois ela se divertiu com o meu espanto por alguns longos segundos.

- S/n:Pensei que não fosse mais te ver. - falei meio que sem pensar, ela me encarou agora seria e com a sobrancelha argueada, sera que isso soou estranho? - Ha é... é que você não vem aqui...

Não soube como terminar a minha mísera explicação, até porque não sei como ou o que explicar, só não queria que ela me achasse estranha.

Mordi o meu lábio inferior de nervoso, ela me encarava fixamente, seus olhos penetrantes me fizeram encarar o chão, não consigo manter contato visual com ela por muito tempo, por isso é inútil tentar.

- Hayley:Você está tentando me dizer que sentiu a minha falta? - Sua pergunta saiu em uma fala descontraída e animada.

Mais mesmo assim me fazendo travar, sempre fui de me envergonhar com facilidade, então isso não era novidade.

- S/n:Bem, você é uma excelente cliente, claro que fez falta - sorri simples e ela comprimiu os lábios.

- Hayley:Hun, essa não é exatamente a resposta que eu queria receber - ela parecia saber que me deixava sempre no limite da timidez e se divertia com isso- Mas saiba que também senti saudades de você, digo das nossas conversas. - piscou pra mim.

Em quase todas as nossas outras conversas ela dava indícios de que estáva flertando comigo, o que não era muito diferente de agora.

Como o meu horário de trabalho já havia chegado ao fim, troquei mais algumas palavras com ela antes de me despedir, só não esperava que ela fosse querer me acompanhar, quis até recusar, mas não o fiz.

- Hayley:Quantos anos você tem?

Caminhávamos lado a lado pela calçada, a olhei pelo canto do olho e me perguntei o porquê dela está querendo saber coisas ao meu respeito, não que eu ache ruim, mas é estranho se for parar para pensar na forma que ela me tratou da última vez que nós vimos. 

- S/n:Tenho dezanove, vou completar vinte em breve e você?

- Hayley:Vinte e seis - parei em frente à minha casa e ela também - Então chegamos? - encarou a minha residência.

- S/n:Sim, finalmente chegamos- sorri - Você quer entrar?

- Hayley:Ou não, não quero atrapalhar, você deve estar cansada e também os seus familiares não vão gostar de te ver chegar com uma estranha. - me encarou e eu neguei com a cabeça.

- S/n:Você não vai incomodar em nada e eu moro sozinha, na verdade com a minha filha. - destranquei a porta.

- Hayley:Filha? - ela pareceu incrivelmente surpresa, o que me fez rir.

- S/n:Sim, a minha gata. - assim que ela percebeu o mal entendido riu junto de mim. Ela ficou parada do lado de fora, mas assim que a convidei ela entrou.

Nos encontrávamos agora sentadas no sofa entre risadas e tomando um excelente vinho, eu não sou de beber, mas como a minha família fez parte e até hoje tenho patentes distantes que ganham a vida com fabricação de vinho, tenho várias garrafas e também poço dizer que um certo conhecimento sobre essa bebida.

- Hayley:Quero me desculpar. - a encarei confusa - Por aquele dia na cafeteria. - seus olhos foram de mim para as suas mãos.

- S/n:Sem problemas, você estava com seu marido eu que fui a intrometida da história.

- Hayley:Não, ele não é meu marido.- ela se apressou em se explicar e se aproximou ficando mais perto de mim. - Eu só não queria que ele te conhecesse. - sua mão repousou sobre a minha coxa o que me fez sentir borboletas no estômago.

Borboletas essas que só senti uma ou duas vezes quando ainda estava no ensino médio.

- S/n:Mas por que? - embora tomada pelas sensações que estava sentindo a minha curiosidade ainda falava mais alto.

Ela suspirou e encostou a cabeça no encosto do sofá.

- Hayley:É complicado, por favor não me peça pra explicar.

Por mais curiosa que fosse sabia ter limites para não ser inconveniente, então resolvi deixar esse assunto de lado.

- Hayley:Sabia que você é linda? - virei o rosto em sua direção, ela estava me encarando com uma intensidade de tirar o fôlego.

À princípio pensei que ela já começava a se embriagar, mas ela demonstrava está totalmente sóbria, ao contrário de mim que estava sentindo o meu corpo ficando sobre efeito do álcool, saber que seu elogio era sincero me deixou feliz.

- S/n:Não tanto quanto você. - sorri, mas logo voltando a ficar seria quando senti o toque delicado dela no meu cabelo.

Hayley colocou uma mexa atrás da minha orelha e foi chegando com seu rosto cada vez mais perto do meu...

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