Capítulo Quatro

278 34 4
                                    

Dês do dia em que eu e Hayley nos apresentamos posso dizer que começamos a interagir com mais frequência, ela sempre vinha como de costume, mas agora ficando acomodada no balcão, de início a conversa entre nós não fluía muito, só que aos poucos a minha curiosidade sobre ela foi falando mais alto.

Passei a me dedicar em abordar qualquer assunto que fosse para desencadear um diálogo, ela não parecia incomodada, pelo contrário, já mais me negava atenção, sempre muito gentil e simpática, o que me dava a impressão que ela também estava empenhada em conversa comigo. 

Sua beleza continua me hipinotizando, sem falar na personalidade dela, que agora também está na lista de motivos que me fazem admira-la.

Eu sei que parece loucura tudo isso que vem se passando na minha mente, a conheço a tão pouco tempo e já tô assim toda... a sei lá, o que está acontecendo comigo, não posso está afim dela, tenho certeza que sou hetera, nunca duvidei da minha sexualidade, pelo menos não até agora.

Hoje é o dia da minha folga, mas mesmo assim acordei cedo, estava decidida a aproveitar ao máximo o que essa maravilhosa cidade tem a oferecer, por tanto dei uma limpada basica na casa e me arrumei para sair.

As ruas movimentadas, os diversos cenários e sons tanto de músicas quanto de pessoas conversando me trouxeram um sentimento único de liberdade, o que é estranho, geralmente as cidades provocam extrece e ansiedade, mas aqui é diferente, essa cidade é um pedaço do paraíso. 

Entrei em uma cafeteria, me sentei em uma mesa qualquer e enquanto aguardava o atendimento os meus olhos curiosos passearam por todo o lugar, até que deram de encontro com ela não muito longe de onde estou, Hayley parecia animada enquanto conversava com um homem loiro, eles pareciam bem íntimos o que me levou a questionar o quão próximos poderiam ser.

Só que isso não é dá minha conta, então sacudi a cabeça afastando os pensamentos que me levavam até ela e me distraiam do meu objetivo, fiz o meu pedido, que logo chegou.

Já estava de saída quando dei de encontro com a pessoa que tem feito parte de meus pensamentos com bastante frequência.

- S/n:Oi Hayley - sorri tímida encarando a morena e coloquei uma mexa de cabelo que estava no rosto atrás da orelha.

Por que diabos eu ago como uma adolescente boba quando estou perto dela, eu já tenho dezanove, não deveria me comportar assim nem diante dela nem de ninguém.

-Hayley:Há oi, S/n. - seus olhos fizeram um breve revezamento entre mim e o homem que está ao seu lado. - Não esperava te ver aqui. - sorrio, só que seu sorriso não foi radiante como de todas as vezes que a vejo sorrir.

Isso foi estranho, digo ela parece tensa, será que estou a incomodando ou forçando uma amizade que não existe, mas que eu acabei criando na minha cabeça. 

- Não vai me apresentar sua amiga, Hayley? - o belo homem de cabelos loiros e de sorriso galanteador deu um passo a frente se aproximando afim de se fazer mais presente.

Fiquei esperando que Hayley se pronuncia-se, mas ela não o vez, parecia que tinha travado uma batalha interna com seus pensamentos.

Adoraria saber o que estava a causando tanto receio de apresentar ao seu amigo ou seja lá o que ele é dela?

Talvez eu tenha simulado uma amizade entre nós, pensei que ela...

O que pensei não vem ao caso agora, dá pra ver que ela não tem nenhuma uma consideração especial por mim. 

Eu que sou uma idiota, ela é apenas uma cliente minha e é dessa forma que tenho que ve-la.

-S/n:Desculpa incomoda-los. - forcei um sorriso, já que estava um pouco constrangida com essa situação, a única coisa que me resta fazer agora é contornar tudo isso que causei. - Não somos amigas. - olhei para o loiro que me encarava atentamente - Bom o que quero dizer é que eu apenas trabalho no bar que a senhorita Hayley frequenta, por isso que a cumprimentei.

Queria me forçar a negar o que havia dito, tentar acreditar ser apenas palavras vazias, só que em vez de ir mais afundo com as minhas ilusões decidi encarar a realidade, fechar os olhos para as sensações estranhas que estou sentindo, é tudo tão confuso.

Por que me sinto tão fragilizada e abalada?

Não sei se mais uma vez meu cérebro não assimilou bem as coisas, mas antes de sair tenho a impressão de ter visto um vestígio de desapontamento no rosto de Hayley.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Que Tal Um Amor A Três? Onde histórias criam vida. Descubra agora