The Beauty And The Beast - Narusasu

Capítulo XI

_Ouçam! Lobos! Devemos estar perto do castelo assombrado! - Sentados atrás da carruagem, Lee e Neji se assustaram com o grito de Fugaku.

Os três homens estavam desbravando a floresta por um tempo considerável. O restante da multidão havia desistido, feliz em retomar ao aconchego da taverna assim que Neji deixou claro que estava indo para a mata. Embora a floresta não fosse exatamente pitoresca, não chegava nem perto de ser tão assustadora quanto Fugaku fez parecer em seu relato frenético.

_Fugaku, já chega - disse Neji, virando-se para encarar o velho homem. O trajeto de carruagem havia deixado seus cabelos brancos, naturalmente rebeldes, ainda mais desgrenhados, e seus olhos se moviam incessantes conforme ele olhava ao redor em desespero. - Temos que voltar - acrescentou Neji, sem saber se Fugaku tinha ouvido alguma palavra do que dissera. Ao que parecía, ele tinha ouvido, porque sacudiu a cabeça com vigor.

_Não! Olhe! - Fugaku apontou para cima. Seguindo a direção que apontava o velho homem, Neji viu uma árvore na lateral da estrada. Estava seca, com seus galhos retorcidos em ângulos estranhos e seu tronco liso pela ação do tempo. Durante a jornada, Fugaku lhes havia contado sobre como encontrara o castelo encantado. Ele mencionou algo sobre uma árvore que parecia um cajado e um caminho escondido... Inclinando a cabeça para o lado. Neji estreitou os olhos. Era mais ou menos parecida com um cajado, mas definitivamente não havia um caminho atrás dela.

_Esta é a árvore! - exclamou Fugaku, como se adivinhasse a dúvida de Neji. - Tenho certeza. Claro, foi derrubada por um raio naquele dia, mas agora parece ter sido colocada de volta em pé. Magicamente, suponho... - Lee deu um tapinha no ombro de Neji.

_Você quer mesmo entrar para essa familia? - sussurrou ele, revirando os olhos.

Neji sabia que a homenzinho estava provocando, mas Lee tinha certa razão. Havia limite para tudo. Ele havia deixado que fugaku os guiasse até lá com a única intenção de chantageá-lo a conceder a mão de Sasuke em casamento. Mas, se não conseguissem encontrar Sasuke, qual era o objetivo?

_Estou farto deste seu jogo - disparou Neji parando a carruagem. Ele desceu em um salto e colocou as mãos nos quadris. - Onde está Sasuke?

_A Fera o pegou! - repetiu Fugaku. - Os olhos de Neji se estreitaram. Ele estava se esforçando muito para não perder a cabeça, mas o velho homem tornava isso um desafio.

_Não existem coisas como feras, ou xícaras falantes, ou... o que seja. - Conforme ele falava, sua voz ficava mais alta e suas mãos começaram a abrir e fechar junto ao corpo. - Mas existem lobos, queimaduras de frio e fome. - Saltando da carruagem, Lee correu até o amigo.

_Respire fundo, Neji - ele disse. - Respire fundo - Os punhos de Neji se cerraram e, por um momento, ele parecia prestes a bater em alguém. Mas então respirou profundamente, como Lee sugerira. E de novo. E mais uma vez, para garantir

_Então - recomeçou ele ao se acalmar - por que nós simplesmente não damos meia-volta e voltamos à Villeneuve? Sasuke deve estar em casa, cozinhando um belo jantar...

_Você acha que inventei tudo isso? - perguntou Fugaku parecendo alheio ao quão próximo Neji estava de perder a cabeça. Ele ergueu os olhos para o grande homem, confuso. - Se não acredita em mim, por que me ofereceu ajuda?

_Porque quero me casar com o seu filho - disse Neji, sem intenção de continuar escondendo seu plano. - Agora vamos para casa.

_Eu já disse! Ele não está em casa, ele está com a... - A raiva inundou Neji e ele explodiu.

_Se você disser "fera" mais uma vez. vou jogar você para ser comido pelos lobos! - gritou ele, perdendo toda a compostura. Neji foi para cima de Fugaku com os punhos erguidos. Lee viu que o amigo tinha perdido o controle e soube que precisava fazer alguma coisa.