Caos em NY

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Minutos chorando copioso sobre o ombro de Jimin, o qual faz cara de paisagem não intendendo nada, sinto-me desidratar gradativamente enquanto de olhos vermelhos inchados e cabelos grudados na testa, eu lamento meu infortúnio

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Minutos chorando copioso sobre o ombro de Jimin, o qual faz cara de paisagem não intendendo nada, sinto-me desidratar gradativamente enquanto de olhos vermelhos inchados e cabelos grudados na testa, eu lamento meu infortúnio. Me vendo como um puta fodido e azarado do caralho. Porque sério, não tem como aquele episódio ser coisa da minha cabeça, sendo que nem filme de terror eu assisti ontem. Eu não fui sugestionado, aquilo foi tão real e palpável quanto eu.

— Tae...— Jimin levanta meu rosto, me revelando sua expressão de dó e incerteza. — Acha que consegue contar agora? — eu enxugo meus olhos com a costa da mão e nego.

— Você vai me achar um louco. — Eu arrumo a franja, receoso, mas Jimin nega ainda abraçado a mim e me leva ao sofá no outro cômodo, se sentando comigo.

— Não irei. Sou todos ouvidos. — Ele me encoraja, atencioso.

— Vai sim. Até eu me pergunto se não estou louco. — Passo meus dedos por entre meus fios loiros, ao que Jimin me encara tedioso, como se me perguntando: ainda não começou? — É sério, Chim.

— E eu por acaso pareço estar brincando contigo? — Seu olhar decidido me encurrala, fazendo eu me auto abraçar, sem jeito. Até que ao me dar por vencido eu me ponho a narrar:

— Dentro do banheiro uma assombração me ameaçou. — Jimin franze as sobrancelhas, parecendo incerto sobre o que escutou. — Sim, isso mesmo. Uma entidade me ameaçou no banheiro. Você escutou certo, Chim. — Ele entrelaça os dedos das mãos formalmente, me olhando de lado e assentindo de leve.

— Continue...— jimin me incentiva.

— Está bem, mas não diga que não avisei. — Eu enfatizo. — Eu estava pronto para entrar no banho, quando as luzes apagaram, o clima ficou gelado e do espelho do seu banheiro vi uma paisagem interiorana, de grama verde e chão barroso vermelho como trilha. — Balanço minha perna, inquieto, com o olhar dispersado. — Quando vi da paisagem um ser em forma de homem surgir e começar a sair do espelho. Eu me escondi dele no box, mas ao chegar até mim ele me ergueu pelo pescoço, me analisou e me largou sobre o chão. E ao ir embora me ameaçou dizendo que o chamei atoa e que o caos ficaria em minha vida. — Concluo o relato, tremelicando levemente e me sentindo observado pelas paredes.

— Hum. — Jimin pigarreia, se virando para mim e olhando profundo em meus olhos, ao dizer: — Eu acredito em você. — Seu tom decidido me deixa desacreditado. Ao que estando de pé, ele me estende sua mão direita e me levanta. Eu então o indago:

— Acredita? — Ele assente. — Por quê? Eu acabei de narrar uma loucura. — Jimin ri levemente.

— Porque, você é a pessoa mais cética que conheço, Kim. Além de que seu rosto abatido e o choro também foram fatores decisivos e você nunca fez aulas de teatro antes que eu saiba. Fez? — Eu nego. — Então..., mas sabe, esses não são meus únicos motivos. — Eu franzo a testa, confuso.

Um Amor Caótico de Milênios - TAEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora