Alguém Me Salve!

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É sexta-feira quando eu e Chim deixamos meu apartamento para irmos de encontro a 987 Flushing Ave no Brooklin, pegando ambos um taxi para atravessarmos a Williamsburg Bridge, cortando o trânsito das 18 horas num mínimo de 20 minutos até enfim cheg...

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É sexta-feira quando eu e Chim deixamos meu apartamento para irmos de encontro a 987 Flushing Ave no Brooklin, pegando ambos um taxi para atravessarmos a Williamsburg Bridge, cortando o trânsito das 18 horas num mínimo de 20 minutos até enfim chegarmos ao nosso destino, a Catland Store. Loja de artigos exotéricos mais próxima da faculdade.

Minha expressão desgostosa e emburrada só não está pior do que a de Jimin, que parece além de desacreditado, chateado com o rumo que as coisas estão tomando desde nossa última consulta com Cely ontem. Da qual quando eu expliquei sobre o ocorrido, ele quase arrancou os cabelos de nervoso e preocupação, olhando no fundo de meus olhos quando disse:

— Isso vai dar muito ruim, Kim! Eu não quero te perder para aquilo. — Seu olhar suplicava.

— Acontece, Chim, que a merda já fedeu e a culpa é minha. Além disso, não há outro modo de fugir. Relaxe e caso qualquer coisa me ocorra, viva por mim. — Eu o abracei apertado em meio aos soluços embargados. Tendo o resto de uma noite péssima, regada a intervalos entre um pesadelo e outro.

Enquanto agora distraídos e cheios de olheiras, ambos olhamos nossa rota pelas janelas do taxi, até enfim escutarmos a voz do homem de meia idade nos alertar de nossa chegada ao meio fio da calçada da rua cheia de prédios grafitados e malconservados. Vendo a silhueta da loja exotérica pelo vidro da porta enquanto Chim paga pela corrida e me cutuca para sairmos pelo meu lado. Parando os dois de expressão desanimada em frente a vitrine do local, cheia das estátuas de santos desconhecidos e ervas penduradas no teto pelo lado de dentro do vidro, junto do aviso/condenação, escrita: racistas, homofóbicos, misóginos, transfóbicos e xenofóbicos, serão oferecidos a deusa das trevas e todo seu sangue deverá limpar a terra.

— Vamos de uma vez, Tae. — Jimin suspira, andando em minha frente, girando a maçaneta da porta da loja e á deixando aberta para mim, que sem meus óculos poderia bater com a cara. Ao que ambos já dentro, analisamos o local de cheiro estranho e decoração exótica, junto das paredes pretas e foscas trazendo ênfase as centenas de objetos expostos e vasilhas organizadas pelas estantes. Um novo mundo.

— Olá, me chamo Carmen. Posso ajudá-los? — Uma moça de olhos mel e cabelos loiros, aparentemente normal surge nos perguntando. Ao que a olhamos com cara de taxo, perdidos. Não sabendo por onde começarmos.

— Hm, sim. Me chamo Dawson e este é Jimin.— Ele acena para ela. — Precisamos encontrar as coisas desta lista aqui. — Eu ponho minha mão por dentro do bolso e retiro o papel listado das coisas necessárias para o culto do Baphomet. Entregando para ela, a qual encara o papel como não sendo nada. Só mais um dia comum no inferno.

— Então, rapazes, algumas das coisas nós não possuímos. Sinto muito. — Carmen nos lança um olhar irônico, com um leve sorriso ladino e sobrancelha erguida.

— Sério? — Eu indago, confuso.

— Sim. Papiros só se vendem em lojas especializadas. — Ela ri de leve, me fazendo ruborizar. Aquele Belzebu sacana... — Não temos o papiro original, mas posso os oferecer uma folha atual estilizada imitando o período antigo. O que acham? — Nós nos entreolhamos de lado até assentirmos, sem escolha. Carmen então passa a nos guiar pela loja, nos mostrando os itens e as centenas de cristais para todos os lados com suas funções correspondentes, planetas e elementos descritos.

Um Amor Caótico de Milênios - TAEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora