Quero apenas servir ao senhor...

425 43 27
                                    

Porchay entrou no escritório, com alguns documentos em mãos, quando Kimhan o chamou. Trajava preto naquele dia. O homem podia ouvir o som de seus passos mesmo que estivesse concentrado na tela do computador, pois o funcionário utilizava sapatos de salto baixo.

Era como se pedisse permissão para entrar.

Toc, toc, toc, toc.

Parou diante de Kim e estendeu um dos braços, entregando o que lhe havia sido solicitado.

"Obrigado, Porchay", disse Kimhan sem encará-lo.

Parecia cansado, e isso sensibilizou o secretário, que se aproximou um tanto mais, agora por trás dele.

"Você parece cansado, senhor", disse-lhe com a voz baixa. "Que tal uma massagem?"

O chefe relaxou os ombros imediatamente, olhando para Chay.

"Não sabia que você fazia massagens. Por favor, fique à vontade."

Alongou timidamente o pescoço, inclinando a cabeça para um lado e para o outro. Porchay pousou as mãos mornas em sua musculatura tensa, apalpando-as e alongando-as pacientemente. O mais velho grunhiu em relaxamento.

"Está agradável, senhor?", o menor perguntou.

"Nossa... suas mãos são coisa de outro mundo!"

Fechou os olhos e sentiu os dedos passearem-lhe pelos ombros, e pelo pescoço, e pela raiz dos cabelos. Arrepiou-se.

"Seria possível retirar o paletó? Assim poderei sentir melhor o estado de seus músculos..." A voz do trabalhador era soprada e arrastada, relaxando ainda mais seu chefe.

Este nada disse e apenas retirou a peça, como solicitado. Porchay observou a vestimenta deslizar por aqueles membros superiores dourados e definidos, o olhar terno e tranquilo, antes de retomar os toques. Acariciou-o descendentemente.

Ombros. Braços. Antebraços. Palmas. Dedos.

Kimhan ia recostando-se no assento, fechando os olhos.

"Oh... Isso é tão bom..." Sussurrou.

Chay passeou com as palmas ascendentemente, alcançando a mandíbula alheia, sem interromper o contato entre as peles em momento algum.

"O senhor parece tão estressado, meu chefe..." Passou a tocar-lhe as orelhas, sentindo as ondulações das cartilagens e, finalmente, os lóbulos.

Kim estremeceu, pois aquela era uma região sensível.

"Sim... Estou tendo dificuldades com o trabalho... Está me deixando exausto!"

"Dificuldades?" Pressionou as digitais no couro cabeludo do homem, dentre seus cabelos sedosos, e realizou movimentos circulares.

Um arrepio abrangente irradiou pela cabeça e pescoço de Kimhan, que entreabriu os lábios.

"Sim... Eles não me dão muito crédito porque sou um líder jovem... Nossa, isso é muito bom..."

"Este secretário", escolheu cuidadosamente o modo de referir-se a si mesmo, "sempre te dará todo o crédito do mundo..."

Seus dedos passearam-lhe pelas têmporas, para cima e para baixo. Estendeu as palmas e as deslizou por trás das orelhas alheias, e pelas laterais do pescoço, e pelos ombros novamente.

"Hum... é muito gentil de sua parte... Ah, isso é tão relaxante..."

Porchay decidiu ousar mais e alcançou seu peitoral, pressionando-o logo abaixo da clavícula.

"Eu gostaria de te ajudar a relaxar mais ainda", confessou. "Posso?"

"Nossa, se for tão gostoso assim, por favor, faça..."

Com amor e erotismo, KimChay.Onde histórias criam vida. Descubra agora