Em Nome de Kimhan - parte final: "De que mais, afinal, se trataria a fé?"

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Beijaram-se demoradamente. Ambos tentavam fundir-se em um único e só corpo, a agonia gradualmente preenchendo os gestos de entrega recíproca que performavam. Porchay já havia desfeito seu amado dos cinco botões das mangas de sua vestimenta, quando ele mesmo retirou seu colarinho clerical e a faixa de sua cintura – abdicando, assim, tanto de sua servidão à transmissão da Palavra quanto de sua castidade, de que ambos os acessórios eram símbolos. Desabotoou não tão pacientemente parte de sua batina, apenas o suficiente para poder desfazer-se dela, e exibiu as duas confortáveis peças de roupa até então ocultadas por ela – as quais foram logo arrancadas, como indesejáveis trapos. Não cessaram o enlace por quase momento algum enquanto isso.

Após cambalear alguns passos, o seminarista foi acomodado, com o corpo inclinado, na poltrona onde estava inicialmente. Sua pelve escapava aos limites do assento, então, para ampará-lo, o pároco o segurava pelo quadril com o auxílio de uma das mãos. O primeiro, por sua vez, mantinha as pernas envoltas na cintura alheia.

— Tão duro... — sussurrou Porchay com deleite, apalpando o pau ereto do outro.

Kimhan estremeceu e apertou os olhos.

— Oh, Porchay... Porchay...

Kim não conseguia fazer nada que não fosse enunciar aquele nome santo entre gemidos. Seu baixo ventre contraía-se intermitentemente à medida que ele era masturbado, preenchendo o cômodo com os sons de um molhado pecado. O prazer que sentia irradiava por toda sua pelve, tornando-lhe difícil a manutenção do equilíbrio. Tudo que queria fazer era beijar o par como se o devorasse. Assim o fez, antes de ser abraçado com mais firmeza pelos membros inferiores alheios.

O pároco arfou ao perceber que o membro do seminarista que o profanava permanecia duro, como se sequer tivesse atingido o ápice, e não conteve os movimentos de seu quadril. Inclinado sobre o par, ascendia e descendia enquanto o abraçava de volta com um dos braços. Ambos os paus estavam marcados por resquícios de volúpia, e Kimhan, que se sentia estimular inédita e prazerosamente, queria gozar logo, embora pouco soubesse sobre aquilo. Em razão do orgasmo recente, Porchay tremia violentamente.

— ...mmm... Goza em mim... O resto eu ensino como faz...

Ao ouvir o pedido lânguido daquele a quem era devoto, Kim afastou-se um pouco, após endireitar o parceiro na poltrona, e passou a usar a mão que anteriormente o abraçava para estimular ambos os pênis ao mesmo tempo. As veias do seu braço apoiando no estofado saltavam, tamanho era o esforço para não cair a despeito do estremecimento contínuo de seu corpo devastado. Voluntariamente, o mais novo usou seus dedos melados de pré-porra para tocar sua entrada, apalpando-se antes de explorar-se internamente. Utilizou um dos pés para afastar ainda mais o par, interrompendo a masturbação que este realizava, e o manteve ambos apoiados nos ombros alheios após isso.

— Olha para baixo... — Pediu.

Foi obedecido. A expressão facial de Kimhan, que apoiava um dos joelhos na beirada da poltrana em que seu par estava, contraiu-se de desejo diante da cena – Porchay masturbava-se tão pecaminosamente diante dele, e de uma maneira tão antinatural! Seu dedo entrava e saía, e circulava, e buscava dilatar ao puxar os tecidos contraídos para um lado e para o outro...

— Porchay... — Utilizou uma das mãos para abrir bem aquela bunda pequena. — Que imagem vil, esta que me oferta...

Seu pau escorria. O homem apertava-o, resistente, em vez de seguir estimulando-o.

— Bate para mim, meu amor... — O seminarista suplicou, penetrando mais um dedo em si, antes de movê-los repetidamente.

Kim passeou os olhos pela face interna daquelas pernas nuas, e então pelos testículos que pousavam deliciosamente próximos a um períneo intocado, e então por um comprimento de veias salientes que se contraía vez ou outra, e então por um baixo ventre que subia e descia vigorosamente com sua respiração errática. Suas órbitas finalmente pousaram no buraco irrigado e cruelmente invadido que estava mais abaixo. Ele, como que por instinto, aproximou o membro dali e voltou a masturbar-se, agora com mais velocidade, enquanto a cabecinha melada encostava nos dedos e na entrada alheios.

Com amor e erotismo, KimChay.Onde histórias criam vida. Descubra agora