Only (reescrita)

Cena 1

Notas iniciais: Olá pessoal! Recentemente reescrevi Only, uma das minhas shortfics favoritas, e resolvi trazer pra cá no Wattpad já que já postei no NyahFanfiction e no SocialSpirit. Não vou excluir a versão antiga, então, quem quiser fazer comparações, a versão antiga vai estar disponível kkk

IDADE DOS PERSONAGENS: Sanji 16 anos, Zoro 18 anos, Perona 21 anos.

Um pouco antes do sol nascer, um garoto com cabelo volumoso e loiro, despertou determinado para fugir de casa. Pegou a mochila arrumada no outro dia, com as coisas que mais precisaria: uma escova de dente, duas mudas de roupas para não ocupar tanto espaço, um celular sem chip, uma carteira de identidade falsa, um fone de ouvido e algumas notas de dinheiro roubadas da carteira de seu pai.

Pretendia ir para a capital, onde ficava o melhor restaurante do país, chamado Baratie. Queria trabalhar lá, ainda que fosse apenas um ajudante. Se tornar cozinheiro e trabalhar no Baratie era um sonho que alimentava desde que sua mãe morrera.

Não temia de largar a vida que tinha até então, pois estava sendo cada vez mais difícil viver naquela casa com os seus irmãos e seu pai. Muitas vezes pensava que só gostaria de ir o mais longe possível e o restaurante não tinha nada a ver com isso, tal pensamento era reforçado todas as vezes que ficava nu em frente ao espelho do banheiro e observava as cicatrizes que ele próprio fizera.

Seu pai lhe batia com certa frequência e gostava de lhe dizer que era uma fraude, que não havia orgulho, e esse orgulho sempre fora presente nos seus irmãos, que agiam como ele.

Um ser machista, apesar de Sanji nunca ter usado essa palavra. Mas ele entendia que não queria ser aquele conceito de homem que seu pai pregava. Por isso passou a odiar todos os homens e a amar somente as mulheres.

Sua irmã Reiju era a única na família que o tratava sem um diferencial. Exatamente como sua mãe, o ser mais puro que já conhecera. Não demorou para acreditar que as mulheres eram perfeitas, quando até mesmo as cozinheiras daquela casa eram legais e gentis consigo.

Mas sua mãe estava morta, Reiju era casada e morava longe. Ele ainda fora obrigado a não se dirigir aos empregados, restando a opção de fugir para longe dali.

Levantou da cama já vestido para partir, usava um casaco esverdeado e calça jeans. Nem ao menos tomou café e corria de sua casa até chegar na rodoviária, descendo a ladeira em frente ao portão com um sorriso no rosto e o céu ainda não estava totalmente aberto. Ficou preocupado ao se lembrar de que sua identidade era falsa, será que alguém notaria que era um menor de idade? Seu estômago embrulhou, mas continuou a correr.

E sem olhar pra trás.

Enquanto esperava o ônibus com os outros passageiros, fumava desesperadamente para passar uma imagem mais madura. Aliás, fumava justamente pra isso, com o fim de todos pensarem que já tinha idade para fumar.

O motorista entrou no ônibus e Sanji pisou no seu cigarro a fim de apagá-lo. Uma garota de cabelos rosados, que estava na fila, achou o seu jeito de fumar muito estranho. Ela não havia percebido o corpo magro e virgem junto com o rosto de anjinho que Sanji tinha, até ele começar a fumar. Só com o cigarro em mãos que ela notou que o rapaz loiro parecia ser muito novo para ser um fumante.

O motorista checou seus documentos e deu passagem. Sanji soltou o ar que havia prendido aliviado por sua identidade não ter sido revelada como falsa, depois se sentou numa das poltronas. A garota ainda o observava em outro assento e notou o quanto ele parecia nervoso ao mostrar seu documento. Definitivamente era apenas um estudante do ensino médio e não demorou muito para concluir que estava fugindo de casa.