Capítulo 32

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Talibã

Não tô acreditando que essa mulher teve a coragem de voltar, depois do que ela fez.

Eu e a Raquel tivemos um lance no passado, nós tinha uma parada fixa só entre nós, mas ninguém nunca soube disso. No tempo que eu conheci ela, ela parecia ser uma mulher firmeza, mas com o tempo ela foi mudando e mostrou que só estava comigo pelo que eu podia proporcionar a ela, mas o pior nem foi isso.

Antes dela ir embora ela fez uma coisa que mexeu bastante comigo, eu tenho que contar essa parada pra Aurora, tô ligado que ela ta pensando um monte de besteira mas eu vou mandar o papo pra ela.

Eu sempre sonhei em ser pai, ter um herdeiro pra assumir meu lugar, ta ligado! E a Raquel sabia disso, eu até falava com ela, que ela seria a mulher que me daria um herdeiro.

Até que um dia ela apareceu com uma suspeita de gravidez, quando ela me falou eu fiquei feliz pra caralho, papo reto. Mandei o papo pra ela que ia assumir ela pra geral do morro. Nós comemorou pra caralho, mas ela me pediu pra não contar pra ninguém ainda e assim eu fiz.

Eu acompanhava ela nas paradas das consultas, tava lado a lado pra tudo, quando chegou no terceiro mês, eu falei que ja tava na hora de falar pra geral e que eu ia assumir ela como, minha fiel. Mas dessa vez ela negou e disse que tinha pensado melhor e não era isso que ela queria.

Ela falou que não se imaginava sendo mãe, que só engravidou por que queria virar patroa e que iria interromper a gravidez.

Naquele momento eu só queria meter uma bala bem no meio da testa dela, mas eu me controlei por que ela tava carregando a vida do meu filho.

Eu mandei ela esfriar a cabeça e repensar nas paradas que ela tava falando, ela concordou e disse que iria pensar melhor, só ia precisar de um tempo.

Ela sumiu por uma semana e depois apareceu, mas dessa vez ela não carregava mais o meu filho, a desgraçada tinha tirado ele, e veio com um papo de que tinha perdido.

Minha vontade era matar ela ali mesmo, mas eu não fiz em consideração a tudo que tínhamos passado juntos. Eu apenas dei um dia pra ela pegar todas as coisas dela e sumi aqui do morro e nunca mais voltar.

Depois desse dia eu prometi que não teria filhos, a verdade é que eu tenho medo que isso se repita.

Esse assunto tava enterrado para mim, até essa filha da puta reaparecer.

[...]

Vou em direção a casa da mãe da Raquel.

Assim que chego a porta está aberta e eu vou entrando.

Talibã: Cadê tua filha? - Pergunto a mãe dela que estava assistindo no sofá -

Rita: Ela ta la no quarto, pode entrar. - Fala cheia de sorriso -

Nem respondo nada, apenas sigo em direção ao quarto. Essa aí é outra interesseira, gostava da vida boa que eu dava a ela e a filha.

Chego no quarto e vou logo entrando.

Talibã: Que porra tu veio fazer aqui? - Falo assim que entro -

Raquel: Eu sabia que você ia vim até mim! - Senta na cama e cruza as pernas -

Talibã: Eu poupei tua vida uma vez, mas eu não vou repeti isso novamente. Então fala pra que caralho, tu voltou! - Ela levanta e caminha até mim -

Raquel: Eu voltei por você amor! - Toca meu rosto e eu seguro o pulso dela -

Talibã: Tu vai pegar tuas coisas e vai meter o pé daqui, e voltar pra onde tu tava. - Falo cara a cara com ela -

Raquel: Você ficou mais bruto, gosto disso. - Morde os lábios -

Eu empurro ela, que caí sentada na cama.

Talibã: Não testa a minha paciência, Raquel. - Passo a mão no rosto -

Raquel: Vai dizer que não sentiu minha falta durante esses anos que eu fiquei fora? Você era louco por mim, tanto que depois de tudo oque eu fiz, você não conseguiu me matar, lembra? - Para na minha frente -

Talibã: A única coisa que eu sinto por tu é nojo, eu poupei a tua vida no passado, mas agora eu não vou pensar duas vezes antes de meter uma bala nessa tua cara. - Ela engole em seco -

Raquel: Você ta com aquela garota? - Faz cara de nojo -

Talibã: Tô com ela sim, e acho bom que tu respeite, por que ela é a patroa dessa porra toda aqui e a palavra dela tem a mesma autoridade que a minha.

Raquel: Eu não aceito perder você pra essa mulherzinha, olha só para mim. - Da uma rodadinha - Eu sou muito melhor que ela.

Talibã: Tu me perdeu no dia que decidiu matar o meu filho, e acho bom tu respeitar a minha mulher, por que da próxima vez que tu falar alguma palavra de ofensa contra ela, eu não vou ter piedade de tu não.

Falo e saio do quarto, dando de cara com a mãe dela que estava escutando atrás da porta. Neguei com a cabeça e saí de lá, indo em direção a casa da Aurora.







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Até o próximo capítulo💕

Minha Perdição  - livro II - Triologia MorrosOnde histórias criam vida. Descubra agora