Minha Perdição - livro II - Triologia Morros

Capítulo 46

Dois meses depois...

Talibã

Já se passaram dois meses e eu ainda não consegui pegar o filho da puta do Escorpião. O desgraçado simplesmente sumiu do mapa, coloquei dois informantes lá no Jacarezinho e ainda não tenho nenhuma informação do paradeiro dele.

Dobrei a segurança aqui no morro, achei melhor que a Aurora fosse morar comigo, no começo ela não aceitou, mas depois acabou entendendo que era para a própria segurança dela.

Passo a maioria do tempo aqui na boca, falei pra Aurora que não ia sossegar enquanto não encontrasse esse desgraçado.

_ Acabei de preparar o almoço, vem logo e trás o refri. _ Repondi a mensagem dela, falando que ja estava indo.

Saí da boca e fui em direção ao mercadinho para comprar o refri da pretinha. Paguei e quando tava saindo do mercado me bati com a Raquel, encarei ela que abaixou cabeça e passou por mim entrando no mercado.

Eu disse que ela ia ser cobrada pelo que ela inventou da Aurora. Paguei duas mulheres pra dá uma coça nela e deixei o último aviso, pra ela ficar longe da Aurora, pelo visto a surra que ela levou serviu pra alguma coisa.

Tava passando em frente a casa da minha mãe, quando vi uma cena que eu realmente nem quero acreditar. Esse filho da puta só pode ta de brincadeira com a minha cara.

Minha mãe e o filho da puta do Matador, se beijando, eu vou matar esse desgraçado. Parei a moto e corri em direção aos dois.

Marcela: Filho. - Falou assustada assim que me viu - Eu posso explicar. - Falou mas nem dei ouvidos e parti pra cima dele -

Talibã: Seu desgraçado. - Acertei um soco, fazendo ele cambalear para trás - Eu vou acabar com a tua raça, filho da puta. - Tento acertar mais um soco, porém minha mãe entra na frente -

Marcela: Para com isso! - Grita comigo - Não era pra você ficar sabendo assim filho, eu ia te contar. - Solto um sorriso irónico -

Matador: Eu quero uma coisa seria com a tua mãe Talibã, papo de homem. - Falou e eu tentei ir pra cima dele, mas ela me impediu -

Talibã: A quanto tempo? - Perguntei a ela - A quanto tempo Marcela? - Perguntei novamente -

Marcela: Ja faz alguns meses, mas eu juro que ia te contar filho. - Tenta me tocar mas eu me afasto -

Talibã: Não, você não ia contar. Só ta falando isso porque eu vi vocês. - Ela nega - E tu. - Aponto para o Matador - Tu ta marcado comigo. - Falo e dou as costas saindo de lá -

Marcela: Filho volta aqui. - Grita mas não dou ouvidos, pego a moto e saio de lá indo para casa -

Estaciono a moto na garagem e entro em casa batendo a porta com força, fazendo a Aurora vim até mim.

Aurora: Qual o motivo do mau humor? -  Pergunta enquanto me segue até a cozinha -

Talibã: Você não vai acreditar no que eu acabei de vê. - Falo irritado -

Aurora: Pelo seu humor, não foi uma coisa boa né!

Talibã: Acabei de vê minha mãe e o Matador, juntos. - Ela não pareceu surpresa com oque eu falei - Pera aí, você ja sabia? - Ela fica calada - Responde Aurora, você sabia que a minha mãe tava com ele?

Aurora: Sim, eu sabia. - Olho pra ela - Mas não cabia a mim, te contar e sim a ela. - Eu nego com a cabeça -

Talibã: Mas que porra Aurora, você tinha que ter me contado. - Grito -

Aurora: Não grita comigo. - Aponta o dedo na minha cara - Eu pedi para que ela te contasse, mas você também precisa entender que a sua mãe também tem uma vida Leonardo, e ela ta feliz com ele, tenta aceitar. - Eu nego -

Talibã: Mas ela... - Antes que eu termine de falar, ela sai correndo e entra no banheiro -

Vou atrás dela e quando chego ela estava ajoelhada vomitando, segurei o cabelo dela para não sujar.

Talibã: Você ta bem? Acho melhor a gente ir no médico. - Ela nega -

Aurora: Eu tô bem, deve ter sido algo que eu comi e me fez mal. - Fala - Mas eu já estou bem, não precisa se preocupar.

Talibã: Tem certeza? - Pergunto olhando pra ela -

Aurora: Tenho sim! - Responde - Agora pra compensar o estresse que você me causou, você vai colocar o almoço. - Fala e eu concordo - Pode ir na frente, eu só vou escovar os dentes e desço.

Eu concordo e saio do quarto, chego na cozinha e começo a servir nosso almoço. Lembro da cena da minha mãe e do Matador, e fecho a cara no mesmo instante, filho da puta pegando a minha mãe bem embaixo do meu nariz e eu não percebi.

Até o próximo capítulo❤