Capítulo Vinte e Dois: Anne...

1.7K 233 28
                                    

Miranda não precisava fazer o que planejava. Afinal, ela mesma havia dito com todas as letras que jamais, em hipótese alguma, iria se deixar levar pelos recentes acontecimentos e emoções. Mas sentada na beira da cama, com a caixa preta entre as mãos, ela percebeu que talvez não tivesse mais controle sobre absolutamente nada.

Não sabia o que estava acontecendo, não entendia os próprios pensamentos, mas estava ali, tentada a se derramar no prazer que tinha lhe invadido o corpo sem pedir licença.

Pensou, repensou.e pensou de novo. Por que estava se sentindo daquela forma? Era impossível! Ela nunca, nunca desejou o toque de outra mulher. Mas aquela jovem... aquela garota tola estava fazendo de sua vida um completo caos.

Talvez, se ela guardasse todos esses desejos dentro de si mesma, com certeza ele cresceria. E então, ela iria quebrar todas as promessas sobre o que havia dito e correria desesperada ao encontro do desconhecido para matar as próprias vontades. E isso não era tão seguro. O que deixava restando apenas a oportunidade de que ela colocasse para fora, nesse exato momento, cada mínima gota de desejo. E por fim, tudo partiria e Miranda seguiria em frente como se nada tivesse acontecido.

E nada iria acontecer se não desse certo.

Miranda largou o celular em cima do pequeno armário ao lado da cama e abaixou as luzes do quarto com um controle automático fixado no canto da parede. Era o clima perfeito para cometer os mais imperdoáveis pecados.

No meio da cama, com a tampa da caixa fora, ela ergueu um pequeno objeto ligado à pilha com as mãos tremendo.

- Você não precisa fazer isso, Miranda. - Ela murmurou para si mesma. - Pelo amor de Deus. Eu nem a conheço. Isso só pode ser carência.

Ela fechou a caixa de novo, lagou-a ao pé da cama e voltou para entre os lençóis. Deitou-se, se cobriu, mas o incômodo não passava. Estava mais quente que o normal, seu corpo estava ativo como se ela estivesse fazendo algum exercício físico. Não havia jeito, não iria controlar as confusões de seu próprio corpo apenas tentando dormir.

Afastou os lençóis, puxou a camisa, o short confortável, ficando apenas com uma calcinha branca pequena e meias pretas nos pés. O próprio peito subia e descia, a indecisão brilhava em seus olhos, mas ela não queria lutar contra.

Fechou os olhos e caminhou a mão esquerda até o seio. Seu corpo de pele sensível curvou-se e Miranda o apertou com cuidado, enquanto a outra caminhava com calma pela própria barriga até chegar em cima do tecido delicado, onde ela acariciou seu ponto necessitado com cuidado.

Ela nunca tinha se sentido de tal forma nem quando esteve apaixonada anos atrás.

Acariciou o próprio clitóris até que sentiu o prazer crescer no vão entre suas pernas. Um tremor leve, mas presente e o ardor, começando a anunciar um possível combo de prazer. Ela gemeu, agoniada, rebolando contra a própria mão. Desejando, infelizmente, Anne no meio de suas pernas fazendo tudo aquilo que tinha falado em suas mensagens.

Ter pensado nisso enviou mais ondas, fazendo com que Miranda soltasse um gemido baixo. Onde a garota estaria agora? Será que sabia do fato de Miranda estar se tocando e pensando nela? Pobre jovem, morreria ali mesmo se soubesse. Ou talvez não. Talvez ela fodesse Miranda como havia prometido, ao ponto de deixá-la sem se mover por longos minutos.

Miranda largou o seio de sua mão e resolveu retirar a calcinha. Jogou-a em um lugar qualquer e, impaciente, se tocou sem pensar em mais absolutamente nada que não fosse aquela garota. O prazer lhe causava espasmos e, mesmo abraçando os lençóis da cama, parecia não partir dela nem tão cedo.

- Oh, meu Deus... - Miranda gemeu quando penetrou dois dedos dentro da própria intimidade, o mais fundo que conseguia. - Céus.

Estocou com vontade, curvando os dedos para cima até que conseguisse atingir o ponto pomposo, rebolando contra os próprios dedos, imaginando outra coisa que não fosse ela, sozinha. Não sabia dos traços de Anne, o que era frustrante e lhe retirou gemidos chorosos, mas decidiu criar algo que a ajudasse.

Não mais tarde, o calor subiu pelo corpo de Miranda mais uma vez. E então ela abriu os olhos, tentando conter os gemidos, a força do orgasmo avassalador que começava a lhe invadir rapidamente.

- Anne...

Miranda gemeu uma última vez, com o nome da garota em seus lábios, enquanto seu corpo tremia e se contorcia em cima da cama com o prazer inexplicável.

Aquela Mensagem • MirandyOnde histórias criam vida. Descubra agora