5 - Sugestão

961 9 0
                                    

Mais alguns dias entediantes.

Flavio não apareceu mais. Ou seja. Nada de sexo.

Até Seu Zé não quer mais foder comigo mesmo o carro não estando com problemas.

- Puta merda – reclamo no banheiro da loja tentando me tocar – Nem assim.

Começo a ficar preocupada. "Será que estou com algum problema?" a caminho para o trabalho.

- Josi isso é meio normal – Lorena tenta explicar – Eu também tenho esses momentos. E olha que adoro uma safadeza.

- Foi o que minha falou e meu ginecologista – falo com a mão enterrada no rosto – E o que eu faço?

- Você tem vontade? – indaga Lorena afagando meus cabelos.

- Eu acho que sim – balanço a cabeça – Porque não paro de pensar nisso.

- Então acho que deveria procurar um especialista – ela sugere – Sabe. Aquelas massagens que ativam o corpo.

- Massagem. Sério isso Lorena? – respiro fundo.

- É sério – ela continua me afagando – Eu fui. É bom.

- Aqui na cidade não tem – suspiro – Vou precisar ir pra Itapira ou Campinas.

- Na verdade tem sim – levanto minha cabeça e a encaro – O nome. Ou apelido é Dito.

- Dito – repito encarando minha amiga – O nome. Ou apelido não é estranho.

- Ele estudou conosco – ela faz um aceno qualquer com a mão – E se especializou nesse ramo.

Cidade pequena é um problema. Todos conhecem todos. E provavelmente esse Dito já deve ter uma clientela bem grande.

- Deve ter um monte de gente já sabendo dessa especialidade – tento esquivar.

- Na verdade não – Lorena afirma – Ele mantem isso bem sigiloso. Até faz assinar um acordo de silencio.

- E você acabou de quebrar – começo a rir.

- No acordo diz que posso falar para quem acho que precisa. E parece que você tá precisando – ela afirma me olhando de cima a baixo – Aqui. Mandei para você o numero dele. Não custa nada tentar.

Respiro fundo e levanto minha cabeça.

"Dito Massagista" é o nome do contato que ela me manda.

- Tá legal. Vamos tentar – mando uma mensagem na esperança de não ser respondida.

Nada contra quem trabalha nesse ramo. Mas uma cidade pequena como essa. É loucura. Uma hora alguém acaba sabendo. E um marido furioso pode fazer uma merda.

Cinco minutos e recebo a resposta. Com o horário e o endereço.

- Aqui perto – cerro os olhos – Só que é na hora do trampo. Vou remarcar.

- Deixa disso – Lorena fala – Tá fraco aqui. Pode ir.

- Quer mesmo que eu vá né? – indago encarando a morena. Ela acena que sim – Beleza então. 

Contos da Josi - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora