11 - Até Logo

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Voltamos no domingo para minha cidade.

Flavio me da um beijo de despedida e fala:

- Eu quero muito ti ver de novo.

- Eu também. – afirmo – O tempo que passamos juntos foi maravilhoso. Precisamos repetir.

Flavio sorri meio sem graça.

- Será que agora você pode ir me ver? Na minha cidade?

Engulo seco. Moro aqui faz dezoito anos. Nunca sai da região.

Minha mãe nunca me levou para a cidade grande. Não sei a razão.

- Tenho medo – fico sem graça – Nunca fui além de Serra Negra ou Itapira.

- Vou cuidar de você – ele afirma.

Aceno que aceito.

- Vou assim que possível – digo dando um selinho nele – Prometo.

Flavio vai embora e eu entro em casa com a cabaça a milhão.

"Ir para Campinas é loucura. Ainda mais para ver um cara que mal conheço".

- E ai? – minha mãe me faz voltar a realidade – Foi bom o fim de semana?

- Foi foda – começo a sorrir tolamente – E o seu.

- Terminei com o Anderson – ela conta – Peguei o filho da puta trepando com o vizinho.

Cerro os olhos e tento dizer algo. Mas não consigo.

Apenas fico triste pela minha mãe estar infeliz.

- Que tal irmos para Campinas no próximo fim de semana? – é a única coisa que penso – Sairmos um pouco daqui.

Ela faz um sinal pensativo.

- Concordo – responde depois de alguns minutos – Vamos para Campinas então. Ficar o fim de semana por lá.

Sorrio e vou para meu quarto dormir um pouco.

Como sempre não é possível fazer a viagem na data que esperava.

Flavio é compreensivo e diz assim que possível para eu ir. Não tem pressa.

Os dias passam vagarosos. E eu vou ficando cada vez mais na vontade.

Dan até resolve parte do problema assim como Seu Zé.

Só que minha saudade pelo garoto tímido só aumenta.

"Só o que me faltava" esfrego os olhos pensativa durante o almoço numa sexta "eu estar apaixonada".

Contos da Josi - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora