Contos da Josi - Parte 2

6 - Massagem

O meu horário é as 15:30.

- Vai logo – Lorena diz faltando quinze minutos – Ele não gosta de atrasos.

- Estou receosa – afirmo – Acho que vou desmarcar.

- Vai porra nenhuma – ela me empurra para fora da loja – Agora vai logo.

Respiro fundo e caminho em direção ao lugar.

Dez minutos depois estou parada em frente a casa. Toco a campainha. O portão destranca e eu entro olhando para os lados. A porta está destrancada e uma placa diz que pode entrar.

Entro e a sala é bem aconchegante. Um grande sofá. Uma musica ambiente. Só que algo me causa uma sensação estranha.

- Você deve ser a Josi – uma voz ressoa como um sussurro doce pela sala.

- Isso – fico sem graça. Estou toda arrepiada.

- Prazer. Sou Dito – ele faz uma pequena reverencia – Se importa de me acompanhar?

Aceno que não com a cabeça e o sigo.

Na casa quase não tem decoração o que dá uma sensação de leveza.

Entramos em um quarto. Há uma maca, cadeira, pequeno sofá e uma mesinha com óleos e essências.

- Preciso que fique apenas de lingerie – ele pede – Pode usar o banheiro e tem toalha também.

Aceno e vou para o banheiro.

"Que merda estou fazendo?" indago me encarando no espelho "Mas já estou aqui. Vamos fazer acontecer".

Tiro meu uniforme e pego uma toalha. Fico enrolada. Volto para o quarto.

- Deita – ele pede me estendendo a mão – E diga o que quer.

- Quero só relaxar - afirmo – E talvez sentir. Algum prazer – a ultima palavra sai engasgada.

Dito sorri e vai até a mesinha. Pega algumas coisas e toca na minha pele exposta.

Indaga se pode tira a toalha e aceno que sim.

Estou de bruços.

Assim que o óleo de massagem toca na minha pele fico toda arrepiada outra vez. Sua mão espalha o produto por toda extensão da costa e ombros. Depois mais um pouco na perna esquerda e em seguida na direita.

Já estou respirando fundo e levemente ofegante.

As mãos apertam determinados lugares nos ombros quem me da vontade de gritar. Ao mesmo tempo é gostoso e prazeroso.

"Lorena tinha razão" preciso concordar com minha amiga. Ele sabe como fazer.

Sinto algo estranho. E não posso acreditar que estou assim apenas com o deslizar de mãos.

A massagem continua até as pernas. E chega bem perto da menininha. Ele não toca e nem mesmo "sem querer".

Meus olhos reviram a cada novo ponto de que ele toca. Tento controlar a respiração. Fica cada passada de mão mais difícil.

O corpo todo relaxa e dou um sorriso de plena satisfação.

- Vire, por favor – Dito pede com carinho.

Fico de frente para ele. Tenho a sensação de flutuar.

Novamente o óleo toca em mim e agora solto um leve gemido.

As mãos deslizam outra vez por mim. Ele é preciso. Sabe exatamente onde apertar. Onde apenas deslizar.

Não demora muito para ter a sensação de estar flutuando.

Fico sentada observando o rapaz ajeitar as coisas na mesinha.

- Quero mais – digo com um tom erótico – E você sabe o que estou pedindo.

- Hoje não! – ele é firme e isso me deixa ainda mais louca de vontade – Venha amanha.

Coloco minha roupa e volto para o serviço ainda com a sensação de flutuar.