9 - O Jantar

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Chegamos a Serra Negra mais rápido do que imaginei.

Flavio vai em direção a um dos melhores hotéis da cidade.

Ele encosta o carro e um manobrista abre minha porta e logo em seguida pega a chave da mão e algo que não identifico o que é.

Assim que entramos no hotel me sinto desconfortável.

- Será que podemos em um lugar menos... glamoroso? – indago toda tímida.

- Calma – Flavio toca em meu rosto – Apenas curte. E você está maravilhosa.

Sorrio. O elogio me faz ficar calma.

Caminhamos mais um pouco e chegamos ao restaurante.

- Flavio Matos – ele informa ao recepcionista.

- Por aqui senhor – o homem indica o caminho com a mão e o acompanhamos.

Sentamos e posso ver a cidade quase inteira.

O garçom traz três cardápios. Dois entrega para Flavio e um a mim.

Flavio olha um dos cardápios e apenas aponta para algo. O garçom recolhe o que foi apontado e se retira.

- Que foi isso? – fico curiosa.

- Vinho – Flavio responde rindo.

Nada naquele cardápio me parece bom. Não conheço metade das coisas ali.

- Não conheço nada disso – afirmo – O que escolho.

- Pode se servir no buffet caso queira – Flavio acena para uma mesa repleta de coisas.

- E porque não disse antes – rio e me levanto indo até o buffet.

Não sou esse tipo de menina mimada. Gosto de coisas simples. Um cachorro quente com guaraná, pastel e caldo de cana, coxinha e coca.

Pego algumas coisas que eu gosto e não tenho em casa. Volto para mesa e Flavio sorri.

- Nossa – ele exclama ao ver meu prato.

Comemos, bebemos, rimos. Foi bem gostoso. Mas algo grita dentro de mim.

- O que quer fazer? – Flavio indaga meio sem graça.

Estamos no saguão do hotel. Chego perto dele e sem pudor algum toco no seu equipamento. Com um pulo para trás ele se afasta.

- Tem que se redimir lembra? – me aproximo outra vez dele – E pode ser aqui e agora – toco outra vez nele.

Flavio olha para os lados e me abraça sussurrando em meu ouvido.

- Vamos pro quarto então.

Ele caminha até a recepção e pega um cartão. Entramos no elevador e ali mesmo eu não perco mais tempo. O empurro contra a parede e o beijo já apalpando seu brinquedo outra vez.

Nossas respirações ficam pesadas. Ele não tem ideia de onde por suas mãos. Eu então mostro o caminho da alegria.

Faço com que ele me toque não florzinha mesmo por cima do vestido. Que se levantar um milímetro fico com a poupança para fora.

O elevador chega ao andar e saímos.

Flavio abre a porta e entramos. Dou um leve chute e a agora sim. Só nós dois.

- Agora mocinho – o puxo para mais perto – Quero minha sobremesa.

Contos da Josi - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora