can i ask for information?

47 0 0
                                    

𝐑𝐀𝐘𝐒𝐒𝐀 𝐂𝐀𝐑𝐒𝐎𝐍
point of view.

O metal frio do metrô arrepia meu corpo, quando eu me apoio em um dos pilares e me sento no banco reto e duro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O metal frio do metrô arrepia meu corpo, quando eu me apoio em um dos pilares e me sento no banco reto e duro. Em menos de vinte minutos, eu chego no prédio, sentando na minha mesa e jogando minhas coisas em baixo.

- Chegou dois minutos atrasada, é um record de pontualidade! - May caçoa de mim.

Ela é uma amiga de trabalho minha, que de vez em quando sai comigo para tomar café e falar sobre a vida.

Outra pessoa que sempre me lembro e me dá saudades é a Yass. Não sei como ela está agora.

- Bom, considerando que eu tenho um filho, sim, realmente é um record de pontualidade. - ligo o computador enquanto coloco as pastas em cima da mesa.

- Tenho uma notícia meio boa. - ela maneia a cabeça para o lado, mostrando uma mesa separada por uma parede de vidro, onde uma garota de cabelos negros e longos está sentada.

- Nossa nova coleguinha de trabalho. - May bufa e revira os olhos, colocando os papéis alinhados em sua frente.

- Não tenho experiências muito boas com garotas de cabelos negros e longos. - comento.

- Ah, é? Pois você tem razão. Ela é um pouco...dada demais, sacou? - diz Maynara, digitando alguma coisa.

Os cabelos me fazem lembrar de Emily, mas ela é um pouco mais corpudinha, além de ter um piercing no nariz.

Emily foi uma garota que no ensino médio fazia de TUDO pra acabar meu relacionamento com o Pedro, mais as coisas acabaram saindo fora do seu planejado.

- Ela chegou aqui quando? - pergunto.

- Hoje mesmo. Ela fez questão de dizer para a nossa queridíssima chefe sobre seus currículos bons, e blá blá blá. - ela balança a cabeça num tom debochado.

- Hum. - me concentro de volta no que estou fazendo.

Minha mesa fica na frente da de Mayanra, mas o corredor grande separa uma grande distância.

Depois de ficar organizando papéis, atendendo telefonemas e marcando horários e propostas para a empresa, eu paro para tomar água.

Me levanto e caminho até o filtro, onde pego um copinho descartável e começo a beber. Quando estou quase no final, uma parte da água voa para o lado, depois que uma pessoa esbarra em mim.

Quando levanto o olhar, é a nova secretária.

Ela me olha com o nojo exposto, e contrai sua barriga ao sentir o líquido gelado em sua roupa.

- Hãm...me desculpa, foi sem querer. - digo.

Ela nem me responde, apenas pega um guardanapo e começa a se secar.

Ela é burra? Isso é água, água não se seca com papel de uma hora para outra, ainda mais em roupa.

- Eu estava tendo um dia perfeito de trabalho, até isso. - ela diz.

Ergo as sobrancelhas, me surpreendendo com seu comentário.

- Eu já disse...me desculpa, eu não te vi

- Não fala mais nada, tá? Não precisa. Se desculpar não vai secar minha roupa. - sua rispidez me deixa irritada, e quando me posiciono para falar algo, ela sai andando.

Não estou afim de arranjar inimizades no momento, então resolvo ignorar aquela situação. Tenho vinte e um anos, a última coisa que quero é sair discutindo e comprometendo meu trabalho por causa disso.

Volto para o meu lugar, terminando de fazer todas as minhas coisas somente às oito horas da noite.

-Que dia, hein? - Maynara se levanta da mesa dela, começando a juntar suas coisas. - Quer que eu te espere?

- Não, não. Vai demorar aqui para eu arrumar todas as minhas coisas. - digo, soltando um suspiro de cansaço.

- Ta bom então, tchau amiga. - ela me abraça e me dá um beijo na bochecha, indo embora em seguida.

Me abaixo para guardar os papéis na caixa, em baixo da mesa.

- Hãm...licença moça, eu posso pedir uma informação? - eu processo cada palavra e sonorização saída da boca da pessoa.

Por uma fração de segundo, meu cérebro e corpo se ativa numa velocidade grande ao reconhecer aquela voz.

Eu me sento rapidamente, encarando apenas a calça jogger preta dele. Meus lábios começam a tremer involuntariamente, e meu corpo se prepara para o choque.

Olho para a pessoa, e não acredito no que vejo diante dos meus olhos. Eu sabia bem de onde vinha aquela voz...

 Eu sabia bem de onde vinha aquela voz

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝖾𝗆𝗉𝖺𝗍𝗒 𝗌𝗉𝖺𝖼𝖾 | 𝘱𝘦𝘥𝘳𝘺𝘴𝘴𝘢 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora