by me, not by others.

33 1 0
                                    

𝐑𝐀𝐘𝐒𝐒𝐀 𝐂𝐀𝐑𝐒𝐎𝐍
point of view.

Volto à realidade lentamente, abrindo os olhos pela claridade que vem da janela aberta

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Volto à realidade lentamente, abrindo os olhos pela claridade que vem da janela aberta.

Olho para o lado e vejo Pedro ainda deitado ao meu lado. Fico feliz com isso e, surpreendentemente, ele estava acordado, me observando.

- Oi. - ele sorri, beijando meus lábios em seguida.

Como sempre não consigo evitar minhas emoções e dou um sorriso entre o beijo.

- Queria que você não saísse daqui hoje... - ele susurra, passando o dedo pelas mechas caídas no meu rosto.

Um arrepio percorre pelo meu corpo, e curvo meus lábios em concordância.

- Eu também queria... - respondo,
baixinho.

- Então não vai, fica aqui comigo, o dia todo... - ele pede.

Não consigo esconder a expressão animada. Ele se ergue, olhando para mim.

- Eu tenho um filho... - falo.

Seria muito importante dizer nessa hora: nós temos. E, tudo que não quero pensar nesse momento são nas milhares reações ruins que ele pode ter com tudo isso.

- E temos uma linda praia para ver. - complemento, juntando nossas testas e dando um beijinho de esquimó delicado nele.

- Pode parando aí, rosa. - ele me impede de se mover. - Você não vai sair daqui como se eu não fosse o cara de três anos atrás que te fez a garota mais feliz do mundo...

- Como você tem tanta certeza disso? - arqueio uma sobrancelha, dando uma risadinha. - Sim, você me fez. E ainda faz. - admito, dando uma ajeitada nos seus cabelos bagunçados que tanto senti saudade.

- Então fica aqui e me diz mais coisas, eu quero saber de tudo. Você mal abriu aquela caixinha ontem...aliás, onde você a colocou? - ele pergunta.

- Alguém me impediu de te mostrar as coisas, Pedro. Se o Nicolas não tivesse acordado você já estaria sabendo de tudo. - falo, e ele concorda relembrando da noite anterior. - Mas não sou tão boba assim, eu trouxe para cá quando voltamos. - me estico e puxo a caixinha que estava quase debaixo da cama. - Eu não tenho  quase nada...

E ficamos assim pelo resto da manhã. Eu não sabia que horas eram, e não me importava tanto assim.

Pedro me perguntava coisas, e eu respondia da forma que lembrava, detalhe por detalhe. A personalidade dele não mudou, nunca mudou, e eu ficava cada vez mais admirada de estar com o mesmo Pedro de anos atrás.

Ainda estava com um pingo de culpa que, se pensasse muito, viraria um mar de culpa por está escondendo, acima de tudo, um filho dele.

A situação ainda tão boa...que cheguei até a pensar que seria melhor deixar em segredo tudo isso, mas eu não aguentaria esconder algo tão grande dele.

Só ele não percebe o quanto a genética puxou para ele, tirando os olhos.

Ele ainda não viu o documento do Nicolas, que sim, contém "Cohen" primeiro. E espero que não descubra isso sozinho, eu quero que ele saiba isso por mim, e não por terceiros.

Mas, um passo de cada vez. Sei que dessa vez que contei a verdade sobre a sua memória, sua reação foi boa, mas, não garanto a mesma reação em relação ao seu filho.

 Sei que dessa vez que contei a verdade sobre a sua memória, sua reação foi boa, mas, não garanto a mesma reação em relação ao seu filho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𝖾𝗆𝗉𝖺𝗍𝗒 𝗌𝗉𝖺𝖼𝖾 | 𝘱𝘦𝘥𝘳𝘺𝘴𝘴𝘢 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora