move to brazil.

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𝐑𝐀𝐘𝐒𝐒𝐀 𝐂𝐀𝐑𝐒𝐎𝐍
point of view.

𝐑𝐀𝐘𝐒𝐒𝐀 𝐂𝐀𝐑𝐒𝐎𝐍point of view

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- Nicolas, vem dormir. - quebro o silêncio.

- Deixa ele jogando aqui comigo! Pedro diz, sem nem virar para mim, concentrado no joguinho que ele...e o filho dele estavam jogando.

Cruzo os braços.

- Não, ele não pode dormir tarde. Está proibido. - falo.

Pedro finalmente desliga o computador e olha para mim, enquanto Nick sai do colo dele.

- Fala para sua mãe parar de ser controladora? - ele diz para Nick.

Fico incrédula, e tenho vontade de
rebater falando que ele também não é um anjo! Ou pelo menos não era.

Quem disse que eu sou controladora?

- Eu não sou controladora! Só estou fazendo o certo. - falo, me virando levemente chateada.

- Não posso dizer nada o filho não é meu.... - ela dá uma risadinha.

Fico tensa dali a diante. Pego na mão de Nicolas e saio do quarto, porém Pedro segura a porta antes de eu ir.

- Ei, eu não quis dizer que você era controladora. - ele diz, num tom de voz baixo.

Não olho para ele, apenas fixo meu olhar na parede. É claro que eu fiquei chateada.

- Você está brava?! - ele solta uma risadinha.

Fico com vontade de bater nele por duas coisas: a sua risada, e ele brincando com a minha cara.

Ele era assim antes de perder a memória. De vez em quando carinhoso, outras vezes ele perdia a cabeça demais, e outras brincalhão. Talvez certas coisas nunca mudem mesmo. E não acho que deva mudar, nunca.

Estou fervendo de raiva? Sim, mas a presença dele não deixa de ser contagiante.

- Desculpa. - ele diz.

Não iria desculpá-lo tão fácil assim só porque o amo. Eu só desculpei porque foi uma coisa boba e, não sou nenhuma controladora.

- Tá. - falo, segurando um sorriso.

Ele sorri e se agacha para dar um beijo na cabeça de Nicolas.

- Boa noite, baixinho. ele beija o topo de sua cabeça. - E boa noite, Rayssa. - ele diz meu nome numa entonação provocativa.

Deus me livre!

Vou até a última porta da gigantesca casa da Yass, e a abro. O quarto não tem nada além de uma cômoda e uma cama de casal.

Deixo a bolsa em cima da cômoda e Nicolas pega no sono em segundos.

Fico deitada na cama ao lado do meu filho sem sono algum, embora o dia tenha sido bastante cansativo.

Resolvo ligar para os meus pais, avisando sobre a viagem e, para Lucca, que merece saber o porquê vou estar fora da cidade todos esses dias.

- No Caribe?! minha mãe grita, - depois que conto a notícia para a mesma.

– É mãe, no Caribe. Eu sei o motivo na qual vou para lá, mas como é surpresa, não posso contar para ninguém. - explico. - Acho que são duas ou três semanas que vamos ficar lá...e ainda não sei onde vamos ficar exatamente.

- Eu te carreguei nove meses dentro da minha barriga Rayssa, você devia me levar junto! - ela exclama, revoltada.

Dou uma risadinha.

- Mas, divirta-se. Eu e seu pai andamos pensando em nos mudar daqui, também. - ela comenta.

- De Nova York? Pra quê? - pergunto, surpresa.

- Não temos nada aqui. Todos os seus tios estão no Brasil. Então decidimos ir para lá, mas só no fim do ano, não se preocupe.

- Certo...no Brasil? - pergunto.

Ela concorda, e continua falando várias coisas para mim. A todo eu momento concordava, mas ainda estava com a cabeça na mudança deles.

Depois que desliguei, fui para minha próxima tarefa, Lucca. Ele não atende, então deixo um recado.

- Oi! Tudo bem? Eu vou ficar algumas semanas fora de Nova York...espero que você se adapte bem no trabalho...tchau! -falo, e logo desligo.

Nos momentos seguintes, fico olhando para o teto e pensando. Concluí que estava sem sono, então desci e fui beber água na cozinha, que demorei um pouco para achar.

Lembrei que precisava começar a estudar se quisesse, ainda sim, entrar em alguma Universidade. Agora como os meus pais querendo sair daqui, terei que começar a ser um pouquinho mais independente. Não que eu já não fosse, mas muitas vezes, deixava Nicolas com eles, e agora não tenho ninguém.

Nem sei se quero continuar aqui também. Eu não tenho muitas amizades, não tenho emprego, e nem sei porque estou aqui ainda. Vim para cá em busca de refúgio, esquecer de tudo, e tratar da minha gravidez com meus pais, já que eu não tinha ninguém além de mim mesma. Mas de resto? esse lugar não significa mais nada.

Peguei um copo de água e pensei: talvez eu devesse voltar para o Brasil também. Tenho saudades da comida, e dos momentos que passei lá. Sou muito chegada naquele lugar, mesmo que ele desencadeie um dos meus traumas, que foi o acidente de Pedro.

De repente, sinto algo esbarrar em mim com tanta força, que quase caio no chão, se não fosse pela bancada. Me segurei, mas não segurei o copo de vidro, que em dois segundos, já estava espalhando diversas partículas de vidro no chão.

Pulei de susto, e torci para que ninguém estivesse acordado.

Pulei de susto, e torci para que ninguém estivesse acordado

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𝖾𝗆𝗉𝖺𝗍𝗒 𝗌𝗉𝖺𝖼𝖾 | 𝘱𝘦𝘥𝘳𝘺𝘴𝘴𝘢 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora