07 - confusions and more

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Cheguei com mais um capítulo pra vocês! Boa leitura; ❤️

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🐺

Há momentos em que penso se eu realmente deveria existir. Tem dias em que tenho a sensação de que nada faz sentido, que não há um rumo certo para que eu possa seguir. Será que eu sou apenas um erro?

Eu me sinto sozinho mesmo estando rodeado de pessoas, sinto que tudo depende exclusivamente de mim mesmo. Minhas atitudes, escolhas... eu devo arcar com todas as consequências de agora em diante. Talvez esse seja um dos momentos mais difíceis da minha vida: me despedir da minha mãe.

Eu me sinto ansioso enquanto ando em direção a cozinha, meus olhos estão queimando e em minha cabeça há um milhão de pensamentos que se resumem em uma única palavra: medo. Medo por não saber como viver longe da minha mãe, quem sempre me amparou. Quando eu cair, quem irá me ajudar a me reerguer? Boyoung esteve comigo em todos os momentos da minha vida, me consolando e me dando todo o carinho que eu precisava.

As minhas lágrimas, ela fez questão de enxugá-las e os meus medos, a ômega os tomou para si e me acolheu no calor de seus braços.

Não é como se eu nunca fosse vê-la, isso eu jamais iria suportar. Mas, viver distante de seu afeto depois de 20 anos dependendo diretamente dele, é uma dor imensurável.

Os filhos precisam partir um dia, é natural; mas eu não me sinto preparado para voar pra longe do meu ninho.

Talvez ninguém nunca esteja.

Quando chego até a cozinha, eu observo a ômega da minha estatura encostada na pia, lavando a louça. Meus olhos prendem em seu corpo magro e cansado; tudo a minha volta parece não importar.

No fundo, eu sei que eu sou o culpado por minha mãe viver assim, sendo desprezada e humilhada pelo seu marido todos os dias, vivendo como uma empregada em seu próprio lar.

Talvez Jinhyun a trate melhor depois de ter se livrado de mim.

Não, ele é um monstro. Não há como esperar generosidade vinda de sua parte.

A quem eu quero enganar? Depois da minha mãe, eu fui quem mais sofreu nas mãos do alfa.

Voltando pra minha realidade, finalmente me dou conta de que os cinco minutos que Jungkook me concedeu chegou ao fim. Eu fecho os meus olhos que queimam por estarem tanto tempo sem piscar, liberando a primeira lágrima quente escorre sobre a minha face quando eu me aproximo da minha mãe.

— Mamãe... — a chamo e minha voz soa triste em meio ao movimento de vai e vem dos empregados na cozinha. Boyoung vira-se em minha direção, deixando a louça de lado. — E-eu vim me despedir.

As palavras deixam meus lábios em um sussurro, se eu não estivesse 'tão perto da ômega, com certeza ela não teria me ouvido. Seus olhos estão atentos em mim, sem expressarem nenhuma reação. Eu sei, não está sendo fácil pra senhora a minha frente deixar seu único filho ir pra longe dos seus braços.

— Vem... me dê um abraço. — pede, abrindo seus braços para que eu me abrigue em si. Eu corto a distância entre nós e me enlaço em seu tronco, afundando minha cabeça na curvatura de seu corpo e sentindo o seu cheiro fresco de pêssego. — Não quero te ver triste, está bem? Eu vou te ver sempre que eu puder. Agora você estará longe das amarras de seu pai, então se permita viver, Jimin. Não deixe que ninguém te trate mal ou te diminua, você é um ômega lindo, doce e incrível. — ouço atentamente as suas palavras, guardando-as em meu coração. — Eu sei que há muitos traumas guardados nessa sua cabecinha, então lhe peço que tente se recuperar de tudo isso. Eu queria poder ter feito mais por você, filho. Eu nunca vou me perdoar por ter permitido que você passasse por tanto sofrimento, eu deveria ter fugido enquanto eu tive tempo e ter te protegido como uma boa mãe faria... mas filho, eu não pude! Espero que um dia você me entenda...

Wedding, jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora