Capítulo 11

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Abro meus olhos lentamente naquela manhã fria de outono, a luz provinda da janela, mais uma vez deixada aberta por mim, não me incomodava muito e eu agradecia aos céus a isso

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Abro meus olhos lentamente naquela manhã fria de outono, a luz provinda da janela, mais uma vez deixada aberta por mim, não me incomodava muito e eu agradecia aos céus a isso.

Sento na cama lentamente e coço meus olhos, era de lei pra mim ficar cerca de cinco minutos encarando um ponto específico do quarto, com minha mente trabalhando arduamente para organizar meus pensamentos.

Minha mente insistia em voltar para ontem, eu me sentia muito mal por ter gritado com tio Josh mas aquilo havia sido necessário na hora, eu precisava dar um basta naquela relação estranha e errada que tínhamos de uma vez por todas.

Mas o que me surpreendeu, foi o tapa, não o tapa em si, mas o fato dele ser capaz de me bater, aquilo havia sido a gota d'água pra mim.

Levanto da cama por fim, tentando esquecer esses pensamentos, o alarme do meu celular não havia tocado ainda, o que significava que por um milagre, eu havia acordado mais cedo e eu faria questão de usar isso ao meu favor no dia de hoje.

Corri para o banheiro querendo ganhar mais tempo mas acabei demorando mais que o necessário em baixo do chuveiro, já que meus pensamentos não davam uma trégua sequer dentro de minha cabeça, fazendo questão de remoer a noite anterior a todo momento, me fazendo ficar cada vez mais culpado por ter deixado chegar naquele estado.

Após a ducha demorada, saio do banheiro e me arrumo rapidamente, dou uma checada em como eu estou no espelho e logo desço as escadas em direção a cozinha, as empregadas ainda estavam pondo o café da manhã na mesa e fui rápido em me sentar e começar a me servir. Tento tomar o café o mais devagar possível, apenas para dar tempo do Senhor Simon terminar de arrumar o carro.

Termino de comer e antes que alguém que eu não quero ver desça pelas escadas, ajeito a mochila em minhas costas e arrumo meu uniforme amassado, por fim saio da casa e me depararo com o carro de senhor Simon prontinho na porta.

- Não está muito adiantando, pequeno Noah? - o homem que estava encostado no carro me pergunta divertido, ao perceber minha presença afobada ali.

- Eu acordei mais cedo hoje. - dou-lhe um sorriso amarelado e o mais velho franze os cenhos antes de assentir.

- Tem certeza que está tudo bem? - o homem pergunta ao abrir a porta do passageiro, me permitindo adentrar o carro, dando a volta no veículo adentrando no banco do motorista. - Tem certeza de que é só isso?

- Sim eu...

- E na escola, está tudo bem? - o encaro com os cenhos franzidos, estranhando a interrupção.

- Por que está fazendo essas perguntas? - encaro o mais velho confuso e suspiro fundo logo entendendo o motivo de tanta preocupação. - Foi ele não foi?

- Não fique bravo, Noah.

- O que ele falou? - perguntei já com raiva e revirei os olhos.

- Seu tio me contou que você não tem saindo do quarto nem pra comer e que tem certeza de aconteceu algo em sua escola.

Meu Tio Possessivo | NoshOnde histórias criam vida. Descubra agora