Capítulo 5

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Depois que tio Josh desistiu de tentar conversar comigo, consegui respirar mais aliviado

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Depois que tio Josh desistiu de tentar conversar comigo, consegui respirar mais aliviado. Voltei a deitar na cama e suspirei, mordendo os lábios, já  sentindo as lágrimas do choro voltando a querer sair de meus globos oculares.

Hoje o dia tinha sido cansativo e péssimo em todos os sentidos, eu estava tão esgotado que não aguentei a pressão e desabei. Isso nunca acontecia comigo, acabei começando a controlar meus sentimentos e guardá-los só para mim, mas hoje foi impossível não botar tudo pra fora.

Os pesadelos com a morte de meus pais que se repetiam a cada noite, a minha "relação" conturbada com Bailey, cheia de provocação e ameaças, essas conversas estranhas com teor sexual que meu tio e eu estávamos tendo, tudo isso estava me deixando a ponto de explodir, e foi o que aconteceu.

Mais tarde naquela mesma noite, acabei por deixar que tia Tay entrasse no quarto, passamos alguns bons minutos conversando enquanto eu comia a famosa canjica da família Urrea. Minha tia me obrigou a ir até seu médico na tarde seguinte, para fazer alguns exames que eu não estava nem um pouco afim.

Acabei contando sobre os pesadelos com o acidente de meus pais e tia Tay foi rápida em me abraçar e dizer palavras de conforto, ela pediu desculpas por não estar próxima o suficiente de mim a ponto de não notar uma carência de ajuda psicologia. Arregalei os olhos e quase implorei de joelhos para não ir e que eu estava bem, apenas havia "rompido a tampa".

Alguns dias se passaram depois de todo esses ocorridos, minha vida havia  voltado ao seu normal, por pelo menos alguns dias. Eu estava feliz pois não tive Bailey no meu pé e tio Josh simplesmente tinha começado a ignorar minha existência assim como antes.

Era triste sentir um alívio tão grande por ser ignorando por um parente próximo mas quando você sente coisas estranhas por ele, é melhor que para o bem de todos vocês se evitem.  Eu não podia fazer nada além de agradecer e rezar para que essa nossa situação se mantivesse assim pelo maior tempo possível.

Ouço o som do despertador no momento em que meus olhos finalmente já estavam fechando, que ótimo, mais uma noite sem pregar os meus malditos olhos. Desliguei o aparelho e corri para o banheiro, fiz minha higiene pessoal completa em um piscar de olhos apenas para não dar de cara com o meu tio na cozinha.

Meu plano de não encontrá-lo em nenhuma circunstância estava dando certo até aquele momento então eu iria continuar. Não quis nem tomar café, eu estava focado no medo de esbarrar e ter que interagir com ele no meio do caminho então corri para a escola sem ao menos esperar Simon ajeitar o carro para me levar.

Bailey tinha faltado hoje pelo terceiro dia consecutivo, eu quase agradeci de joelhos aos céus por não ter que aturar as provocações e babaquices dele. Acho que foi por esse fato que os horários na escola passaram tão rápido, eu até consegui me concentrar melhor nas aulas.

Quando me dei conta, já estávamos no último horário do dia, o que me fez parar para pensar que quando Bailey faltava, o dia era sinônimo de paz, tranquilidade e até um pouco de alegria naquela escola, pelo menos pra mim. Após o sinal bater, indicando o fim das aulas, corri para fora da escola, como sempre faço, e fiquei esperando senhor Simon chegar, o que não demorou muito.

Meu Tio Possessivo | NoshOnde histórias criam vida. Descubra agora