O jantar começa

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No meio do trajeto, Sarada deixou sua bolsa lateral rubi no banco, colocou seus fones de ouvido e se pôs a observar a paisagem, tal trajeto levou mais de meia hora, e após chegarem em Konoha Bolt finalmente desacelerou o carro, oque fez Sumire se aliviar e agradecer internamente enquanto Sarada ao seu lado parecia prestes a dormir.

— Você sempre tem essa presa ? — A roxeada perguntou.

— Não — Kawaki revelou suspirando — As vezes ele é pior, desde que o vovô ensinou ele a dirigir.

Ele então ergueu uma mão para arrumar o cabelo ligeiramente bagunçado pelo vento entrando em sua janela, Sumire achou tal gesto atraente, mas não falou, apenas sorriu observando a cena e se esquecendo da velocidade do carro que à assustara.

— É pela família — Bolt completou a resposta do irmão, imitando a voz de Toretto antes de rir um pouco.

— Ah não. É porque você ainda tem aquele espírito de quinta série que não tem medo de morrer. Só não leva a gente junto — Kawaki respondeu.

— No fundo todo mundo ainda tem a quinta série. Só não admite — O loiro rebateu.

— ...Meninos... Acho que a Sarada acabou dormindo — Sumire soltou derrepente.

Essa poucas palavras foram o suficiente para o clima descontraído dentro do carro diminuir instantaneamente, especialmente pela parte de Bolt.

— ...Põe a mão na testa dela — O loiro olhou pelo retrovisor para Sumire — Pra conferir se ela tá febria ou algo assim.

A roxeada antes mesmo de ouvir tudo moveu um braço para ver a temperatura da amiga, e felizmente quando encostou a mão na testa da Uchiha não teve uma surpresa desagravel.

— Ela não tá febria só que tá mais quente que o normal. Deve ter sido o sol — Sumire constatou recolhendo a mão.

A Uchiha então bocejou, e se remexeu um pouco.

— A gente já chegou ? — A morena perguntou — Que sono, eu não devia ter ido dormir mais tarde ontem — Ela concluiu tirando os fones em seus ouvidos, para guardalo com o celular em sua bolsa que estava ao lado.

— Isso não é do seu fétil. Você sempre gosta de ficar olhando a paisagem do caminho ouvindo música... Ficar andando no sol dolorida com certeza não te fez bem — Bolt soltou com uma expressão evidentemente insatisfeita.

— ...Não tô me sentindo mal — A Uchiha garantiu antes de bocejar outra vez e erguer uma mão até o olho.

— ...Parece que ele tá certo amiga. Pelo menos descansa — Sumire sugeriu.

Sarada não gostava daquilo, da sensação que as vezes tinha de estar preocupando todos ao seu redor, mas sua mãe e sua avó haviam lhe ensinado que tal situação era normal, que verdadeiros amigos se preocupam uns com os outros, e a solução era mostrar que ela estava ouvindo quem queria seu bem.

— Tá... Vou tomar um banho pra dormir e acordar nova em folha — A Uchiha olhou para seu pé sem tênis e sem a meia do uniforme.

Nesse instante, eles já estavam em uma das últimas ruas de Konoha, um lugar residencial com céu sem nuvens onde havia mais árvores e cachorros do que o resto da cidade tomada por concreto. Bolt estacionou na frente de um quintal verde que ele já conhecia, com a casa bem cuidada dos Uchihas. Sarada pegou seu par de tênis quase abaixo do banco à sua frente, enquanto Sumire olhou para fora.

— Aqui é... — A roxeada começou.

— A minha casa. Pode vir quando quiser, minhas amigas são bem vindas — Sarada sorriu abrindo a porta da lamburguine.

COMO CÃO E GATOOnde histórias criam vida. Descubra agora