QUEENS

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• AEROPORTO DE NOVA YORK

Já estávamos em solo americano. Os funcionários andava atrás de mim e Jisoo, com nossas bagagens reais. Eu falei pra não chamar muita atenção, mas eles parecem não ter ouvido isso.

Lembre-se Jisoo, ninguém pode saber que sou uma princesa. Não devo ser diferente das pessoas comuns daqui. — falo para minha amiga, andando lado a lado pelo aeroporto

Não abrirei o bico. — fala pra mim.

Chegamos até a saída, onde ficam os táxis. Vou andando impressionada até a pista, um carros vinha em velocidade. Levanto minha mão e mando um táxi parar.

SUA PANACA! — o motorista saí do carro e grita, aprontando o dedo pra mim.

Vou até o homem e falo:

Leve-nos ao Queens imediatamente. — falo sorrindo para o homem.

Nossas malas em cima do carro, estavam todas em posições espalhadas de forma mais improvisada possível. Dentro do carro, eu sorria alegremente, olhando as casas, prédios passando através da janela.

Vocês tem certeza de que querem ir para o Queens? — o taxista pergunta. — Quer dizer... Mulheres ricas como vocês deveriam ficar em Manhattan. Em um hotel como no Waldorf ou no Palace.

O Palace soa ótimo, vamos para lá. — Jisoo fala com um sorriso no rosto, mas trato logo de a cortar.

Não, quero o Queens. E não somos ricas, somos estudantes tailandesas comuns. — falo sorrindo para Jisoo que revira os olhos.

Me engana que eu gosto... — o homem fala e eu cutuco Jisoo com um sorriso gigantesco no rosto. — Em que parte do Queens vocês querem ficar? — penso um pouco e logo respondo.

Nós queremos a parte mais ralé!

É fácil. Se tem uma coisa que o Queens tem de sobra é ralé, minha chapa. — o homem fala mastigando seu chiclete.

Me viro sorridente pra Jisoo e pergunto:

O que é “panaca”? — ela apenas dá de ombros sem saber.

O clima do Queens estava frio, as ruas tinham neves espalhadas por todos os lados

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O clima do Queens estava frio, as ruas tinham neves espalhadas por todos os lados. Eu olhava o distrito e notava a falta de infraestrutura, crianças, adultos e idosos em situação de rua. Lixos espalhados na rua, mas apesar da situação ser triste eu não conseguia tirar o sorriso do rosto. O motorista para o carro, se vira e nós pergunta:

Aqui é ralé como vocês querem?

Sim, é perfeito! — respondo sorrindo.

Saio do carro e olho ao redor, Jisoo também saí e fica ao meu lado, sua expressão não era a mesma que a minha. Vejo um grupo de moradores de rua perto de uma enorme lata de metal com fogo acesso, acho que estavam se esquentando por causa do frio. Uma mulher aparece na janela e joga seu balde de lixo na rua, restos de alimentos, garrafas de vidro, caixa de suco... Vou até o lixo e me abaixo, pego um pedaço de vidro.

𝐔𝐌𝐀 𝐏𝐑𝐈𝐍𝐂𝐄𝐒𝐀 𝐄𝐌 𝐍𝐎𝐕𝐀 𝐘𝐎𝐑𝐊 - 𝐉𝐄𝐍𝐋𝐈𝐒𝐀 (𝐆!𝐏)Onde histórias criam vida. Descubra agora