𝗖𝗢𝗡𝗖𝗟𝗨𝗜𝗗𝗔 ⸾ 𝘮𝘪𝘯𝘴𝘶𝘯𝘨
𝗛𝗮𝗻 𝗝𝗶𝘀𝘂𝗻𝗴 poderia ser o melhor piloto de sua geração, não fosse pelo fato de que o garoto deixava suas inseguranças falarem mais alto. Ou melhor dizendo, se não existisse Minho para lhe roubar o seu pódi...
William Shakespeare um dia nos contou o drama de dois adolescentes que eram de famílias rivais, eles se apaixonaram, se casaram, lutaram por seu amor e no fim de tudo, morreram.
Os anos passam, e cada vez mais sinto que a história de Romeu e Julieta está se repetindo mas sendo reescrita por jovens como Minho e Jisung. Jovens reais, ao redor do mundo, cada um escrevendo em suas vivências seu livro — chamado vida — o drama de ser o que são, onde nem sempre os rivais são a família, mas sim a sociedade. E daí vem a briga.
Lutar por amor, mas eles não pretendem morrer, eles querem lutar e vencer.
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𝗠𝗜𝗡𝗦𝗨𝗡𝗚.
O Sol brilhava entre as nuvens logo cedo, carros na estrada, caminhadas no parque, a companhia dos pássaros e soar do vento. Sentados sobre a grama aparada e verdinha, os pilotos observavam a vida acontecer lentamente sem sombra de preocupações. Pelo menos, não naquele instante em que escolheram sentir a paz de um dia longe de seus problemas.
Num movimento involuntário Minho deitou seu rosto sobre o ombro de Jisung, o mesmo não se incomodou apenas se certificou de que ele estaria confortável daquela forma e então sorriu.
Em sua mente fantasiava versões de sua vida onde ele pudesse escolher ser tudo, e não somente um. Entre pilotar e amar.
Pois nessa vida ele já teria escolhido o amor e não existia formas de fazê-lo voltar atrás.
— Quando tudo acabar, quando eu puder dizer ao mundo todo que eu tenho você, eu acho que minha vida vai ser tudo o que eu sempre sonhei...
Com as mãos apoiadas ao chão Jisung brincava distraído com a grama entre os dedos. Ele olhava para o céu acompanhando as poucas nuvens que o atravessava naquela manhã. Minho ergueu o olhar como quem o questionasse o motivo daquela confissão tão repentina.
