𝐋𝐄𝐓'𝐒 𝐆𝐄𝐓 𝐌𝐀𝐑𝐑𝐈𝐄𝐃?

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𝙮𝙤𝙪𝙧 𝙡𝙞𝙥𝙨, 𝙢𝙮 𝙡𝙞𝙥𝙨
𝙖𝙥𝙤𝙘𝙖𝙡𝙮𝙥𝙨𝙚...

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𝐑𝐢𝐯𝐚𝐥𝐬 𝐑𝐚𝐜𝐞: últimos capítulos.

— Han Jisung???

Saindo do carro às pressas, Minho tentava se conter diante a pessoas desconhecidas. Não queria e nem gostava da sensação de passar uma imagem inadequada de si mesmo. Ele viu de relance o sorriso astuto do mais novo e revirou os olhos rindo por fim.

Parado ainda próximo ao carro tinha suas mãos na cintura esperando que o mesmo lhe explicasse anteriormente.

— Crianças, Lino. Nosso compromisso hoje será com crianças e adolescentes. Órfãos que apadrinhei.

E dizia com os olhos brilhando enquanto ajeitava o cabelo do namorado. Minho demorou assimilar a informação pois em poucos minutos teve de digerir muito mais do que seu cérebro demonstrava ser capaz logo de manhã. A Juventude de Jisung não lhe distanciava de ações incrivelmente responsáveis e exemplares. Aquele garoto lhe impressionava a cada vez que o permitia ser mais próximo.

— Espera, você, é um benfeitor?

— Sou... sou colaborador nesse orfanato faz um mês. Minhas doações eram anônimas, mas quando pensei em abandonar minha carreira, lembrei deles. São pessoas que tem sonhos, alguns mais singelos que você pode imaginar. — Sorriu. — Quando eu era moleque eu tinha tudo, minha casa, meus pais, minha irmã e um sonho. Sabe, depois que alcancei meus objetivos, eu simplesmente deixei de dar valor para meus sonhos e o meu trajeto até aqui. Foi assim que a mídia me convenceu tão rapidamente a sentir que não tinha mais motivos pra que eu continuasse pilotando. Eu me senti sufocado.

Minho parecia ainda mais confuso sobre aquilo, não entendia muito bem qual a relação de um orfanato com suas decisões.

— A palavra talvez seja desleixo e ingratidão também. Eu me dediquei por muitos anos, meu pai deu suas economias e meu treinador seu investimento e confiança, minha irmã se dedica a mim sempre. Minha vida poderia ter sido diferente, meus pais poderiam ter me negado esse sonho desde o início, mas não foi assim. Eu tive sorte. E agora, estou parecendo um fraco e medroso fugindo de tudo como se meu sonho não fizesse sentido. Você entende?

— Acho que sim...

— Bom não se esforce para compreender nada agora. Vamos lá, temos coisas importantes a tratar, e essas crianças querem muito nos conhecer.

As coisas ainda pareciam não fazer sentido para Minho, andando em passos lentos ele acompanhava Jisung até o portão do casarão que agora reconhecia como o orfanato Lar Cortéz. Era um lugar de fato bonito, tinha um belo jardim em sua entrada com uma fonte de mármore antiga.

Uma senhora já de certa idade sorria enquanto conversava com Changbin e Sohyun, ela tinha um sorriso gentil o que logo chamou atenção do piloto. Distraído em seus próprios pensamentos enquanto analisava os detalhes do lugar, Minho percebeu que pequenos olhinhos o observavam de longe e quando o mesmo se prontificou a acenar mostrando um sorriso simpático, viu duas meninas que aparentavam ter entre cinco ou seis anos saírem de trás de uma roseira e correr para dentro da casa.

Ele riu sozinho considerando que talvez aquele dia fosse lhe render boas memórias.

— Senhora Cortéz, é um imenso prazer conhecer você pessoalmente!

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